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Milton Ribeiro diz ter “passado vergonha” em reunião do G20 sobre aulas

Declaração foi dada nesta quinta-feira (8/7), durante coletiva de imprensa sobre volta às aulas presenciais

atualizado

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Arthur Menescal/Especial Metrópoles
Ministro da Educação, Milton Ribeiro
1 de 1 Ministro da Educação, Milton Ribeiro - Foto: Arthur Menescal/Especial Metrópoles

O ministro da Educação, Milton Ribeiro, disse que “passou vergonha” em uma reunião do G20 (grupo das 20 maiores economias do mundo) sobre volta às aulas presenciais. A declaração foi dada nesta quinta-feira (8/7), durante coletiva de imprensa ao lado do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.

As autoridades anunciaram que o governo federal vai lançar, na próxima semana, uma portaria com orientações sobre o retorno presencial às aulas. Durante sua fala, Milton Ribeiro disse que ficou envergonhado pelo fato de o Brasil não ter retomado o ensino nas salas de aulas.

“Voltei desse encontro com ministros da educação. Passei vergonha na reunião do G20, praticamente o Brasil era o único país com 450 dias de escolas fechadas. África do Sul voltou no ano passado às aulas presenciais”, disse.

O ministro fez um “apelo” aos professores e aos gestores estaduais e municipais para que o retorno das aulas ocorra o mais rápido possível. “Se eu pudesse escolher, mandaria voltar no ano passado. Mas agora chegou ao limite. Somos um dos últimos países com escolas fechadas, está na hora. A perda é acadêmica, a perda é emocional, a perda é considerada até nutricional pra algumas crianças. Falta uma decisão política dos entes federados”, disse.

Ele comparou o Brasil com países da Europa e com a África do Sul, e disse que o país é um dos únicos que ainda mantêm aulas totalmente remotas. “No G20, 90% dos países já voltaram, só resta o Brasil. Está na hora das pessoas que tomam essas decisões, faço um apelo, chega. As crianças não aguentam mais, é uma perda irreparável para alguns”, afirmou.

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A vacinação da população em países da União Europeia e no Reio Unido, nações que compõem o G20, é mais avançada que a do Brasil. No Reino Unido, 67,05% da população recebeu ao menos uma dose do imunizante. Na Itália, a porcentagem é de 57,42%; na França, de 51,37%. As informações são do Our World in Data.

Segundo o Consórcio de Veículos de Imprensa*, o Brasil vacinou, até quarta-feira (7/7), 80,8 milhões de pessoas com o primeiro reforço, o que corresponde a 38,19% da população. O número de pessoas que receberam a segunda dose ou dose única é de 28,7 milhões. O dado corresponde a 13,60% dos brasileiros.

Questionado sobre medidas para evitar a contaminação nas salas de aula, o ministro citou medidas não farmacológicas e ações semipresenciais. “A questão do distanciamento, da máscara, do álcool em gel e também os testes. A maior parte dos professores hoje já começaram a ser vacinados. Dificilmente uma criança passa o vírus pro adulto, isso já foi comprovado. O que nós precisamos é o retorno às aulas. Há segurança sim, faz aula híbrida”, afirmou.

“Politização”

Milton Ribeiro acusou gestores estaduais e municipais de politizarem o assunto do retorno presencial às salas de aula. “Alguns estados e redes infelizmente estão politizando o assunto de educação, tratando crianças como peça de manobra política. Agora chegou o limite, está na hora de a gente voltar”, defendeu.

Algumas unidades da federação já anunciaram datas para o retorno das aulas presenciais. Nesta semana, o governo de São Paulo anunciou que a retomada nas escolas técnicas e universidades ocorrerá no dia 2 de agosto. Além disso, a partir de agosto, escolas de São Paulo poderão operar com maior capacidade de estudantes. Atualmente, a porcentagem permitida é de 35% dos alunos matriculados por dia.

*O Consórcio de Veículos de Imprensa é formado por: G1, O Globo, Extra, Estadão, Folha e UOL.

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