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Governo impõe sigilo a documentos sobre vazamento de dados de médicos

Ministério da Saúde se recusou duas vezes a divulgar documentos; dados em poder da pasta foram vazados para deputada negacionista

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anuncia durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira 5:01, a inclusão de crianças de 5 a 11 anos contra covid 19
1 de 1 Ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, anuncia durante coletiva de imprensa nesta quarta-feira 5:01, a inclusão de crianças de 5 a 11 anos contra covid 19 - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O Ministério da Saúde impôs sigilo a todos os documentos relacionados ao vazamento de dados pessoais de médicos que defenderam a vacinação infantil. Os dados em poder da pasta foram vazados no mês passado e divulgados pela deputada bolsonarista Bia Kicis. Nesta semana, a PGR foi cobrada formalmente a investigar a conduta do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, e da deputada no caso.

A coluna pediu ao ministério, por meio da Lei de Acesso à Informação, documentos relacionados ao vazamento. Com essas informações públicas, seria possível, por exemplo, saber como os dados pessoais chegaram a Bia Kicis, por meio de quais funcionários e sob quais ordens. A pasta se recusou, por duas vezes, a fornecer qualquer documento sobre o caso. A solicitação será analisada pela Controladoria-Geral da União.

Em 4 de janeiro, três médicos que haviam participado de uma audiência pública sobre a vacinação infantil contra a Covid tiveram dados divulgados indevidamente pela deputada negacionista Bia Kicis. Kicis admitiu ter vazado para grupos antivacina as informações que estavam em poder do ministério.

Três dias depois, o ministro da Saúde ironizou quando foi questionado sobre o vazamento da pasta sob seu comando: disse que não era “fiscal de dados do ministério”.

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