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Bolsonaro dispensar máscaras é “impensável” e “foge ao bom senso”, critica ministro do STF

Bolsonaro pediu que ministério retire obrigatoriedade do uso da máscara

atualizado

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STF/DIVULGAÇÃO
Ministro Marco Aurélio Mello
1 de 1 Ministro Marco Aurélio Mello - Foto: STF/DIVULGAÇÃO

O ministro do STF Marco Aurélio Mello criticou nesta quinta-feira (10/06) a proposta de Jair Bolsonaro para que o Ministério da Saúde recomende a interrupção do uso de máscaras por quem já teve Covid ou já foi vacinado. Segundo o ministro, seria “impensável” o governo federal desobrigar o uso.

“Isso é impensável. Foge ao bom senso. Ainda estamos em meio à pandemia e toda cautela que puder ser implementada é bem-vinda”, afirmou o decano do STF, que defendeu, ao contrário de Bolsonaro, um endurecimento de medidas sanitárias.

“Temos vários casos de pessoas vacinadas que depois pegaram a Covid. Deveria haver uma propaganda maciça pelo uso da máscara, distanciamento social, uso do álcool e higiene das mãos. Nós ainda não suplantamos a pandemia. Basta constatar o número de mortes por dia”, seguiu o ministro.

Em discurso no Planalto mais cedo, Bolsonaro disse que pediu a Marcelo Queiroga um parecer para retirar a obrigatoriedade do uso de máscaras para quem já se vacinou ou foi infectado. Segundo o consórcio de veículos de imprensa, apenas 11,06% da população brasileira receberam a segunda dose da vacina até esta quarta-feira (9). O Brasil se aproxima da marca de 480 mil mortes pela doença.

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