O cara que trocou a Copa do Mundo do Catar pela Taça Guanabara

O português Paulo Sousa era para estar comandando a seleção da Polônia, que enfrenta a Arábia Saudita nesta segunda rodada

atualizado 26/11/2022 7:03

Pedro Salado/Quality Sport Images/Getty Images

Menos de um ano atrás, no começo de dezembro de 2021, o português Paulo Manuel Carvalho de Sousa, 52 anos, era técnico da seleção da Polônia e estava a um passo de garantir a classificação para a Copa do Mundo do Catar.

Mas Paulo Sousa resolveu dar uma guinada em sua carreira. Aceitou o convite para treinar o Clube de Regatas do Flamengo, almejando, talvez, repetir o sucesso do seu compatriota Jorge Jesus, que virou quase um “semideus” no futebol brasileiro.

“Vou para um dos melhores times do mundo”, justificou laconicamente, enquanto discutia a rescisão contratual com a Federação Polonesa.

“Estou decepcionado. Em novembro, ele estava enrolando macarrão na orelha dos atletas. Agora temos que ser fortes para buscar a vaga no Mundial”, disse, na época, o cartola polonês Kuba Kwiatkowski.

O ídolo Robert Lewandowski também ficou surpreso:

“Quando fiquei sabendo da situação, a primeira coisa que pensei foi se era verdade. Houve choque e decepção. Não tive qualquer informação prévia. Não recebi nenhum sinal do treinador. Fiquei incrédulo. Foi uma grande decepção para mim”, disse, sem esconder o seu desencanto.

Deu tudo errado

Paulo Sousa, que fez a sua estreia pelo Flamengo em fevereiro deste ano – na vitória de 3 x 0 sobre o Boavista, pela Taça Guanabara – deve estar amargamente arrependido. Quatro meses depois ele já estava desempregado, depois de alcançar 19 vitórias, sete empates e seis derrotas.

Neste sábado (26/11), ele poderia estar à beira do gramado do Estádio da Cidade da Educação, em Doha, onde, a partir das 10h (horário de Brasília), a Polônia enfrentará a Arábia Saudita, com chances de conseguir avançar para a fase de mata-mata da Copa do Mundo.

Os sábios costumam dizer que o homem é fruto de suas escolhas. O problema é que, se alguma coisa der errado, isso poderá aprisioná-lo para sempre num mar de decepções.

O histórico do técnico Paulo Sousa
  • Flamengo: 66,7% – 19 vitórias, 7 empates e 6 derrotas;
  • Polônia: 51,1% – 6 vitórias, 5 empates e 4 derrotas;
  • Maccabi Tel Aviv (Israel): 71,5% – 31 vitórias, 10 empates e 7 derrotas;
  • Basel (Suíça): 67,3% – 31 vitórias, 8 empates e 11 derrotas;
  • Fehérvár (Hungria): 63,8% – 40 vitórias, 12 empates e 17 derrotas;
  • Fiorentina (Itália): 54% – 43 vitórias, 25 empates e 27 derrotas;
  • Swansea (Inglaterra): 49% – 18 vitórias, 18 empates e 13 derrotas;
  • Bordeaux (França): 40,5% – 13 vitórias, 12 empates e 17 derrotas;
  • Tianjin Tianhai (China): 41,7% – 31 vitórias, 10 empates e 7 derrotas;
  • QPR (Inglaterra): 42,3% – 7 vitórias, 12 empates e 7 derrotas;
  • Leicester (Inglaterra): 38,9% – 4 vitórias, 2 empates, 6 derrotas

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