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Veja o valor exorbitante que a família real custa ao bolso dos súditos

Pelos índices do Relatório do Subsídio Soberano, os gastos com a realeza cresceram exponencialmente desde 2021

atualizado

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Max Mumby/Indigo/Getty Images
Foto colorida. Grupo de pessoas na varanda de um castelo
1 de 1 Foto colorida. Grupo de pessoas na varanda de um castelo - Foto: Max Mumby/Indigo/Getty Images

Festas, seguranças, viagens bate e volta, turnês oficiais e recepções para presidentes são alguns dos eventos orquestrados e constantemente frequentados pelos integrantes da dinastia Windsor. Envoltas de pompa, as ocasiões não saem barato. De acordo com estudo financeiro publicado na quinta-feira (30/6), a família real britânica custou ao bolso dos súditos o valor de 102,4 milhões de libras, o equivalente a R$ 651,1 milhões no período 2021/22.

Conforme apontam índices do Relatório do Subsídio Soberano, os gastos com a realeza cresceram de 15 milhões de libras para 100 milhões de libras. Pela primeira vez, as despesas alcançaram os nove dígitos. Especialista em finanças reais, Norman Baker concedeu entrevista ao jornal The Mirror e disse: “Não está certo”. Segundo o tabloide, a reforma milionária nas dependências do Palácio de Buckingham ajudou a aumentar a conta.

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“Os gastos com o projeto subiram para 63,9 milhões, um aumento de 14,4 milhões em relação ao ano anterior, à medida que o trabalho se intensificou para preparar o castelo para as celebrações do Jubileu de Platina [série de eventos em comemoração aos 70 anos de reinado da rainha]”, escreveu o The Mirror em um artigo. Outro motivo para a conta ser alta está relacionada às visitas dos membros da realeza após o período de isolamento social.

Os gastos com viagens dispararam de 1,3 milhão de libras para 4,5 milhões de libras. A bagatela praticamente triplicou. Em entrevista ao The Mirror, Baker fez uma sugestão: “O governo deveria repensar completamente como o dinheiro dos contribuintes é alocado para a família real”. O especialista lembrou que os custos devem crescer nos próximos anos, devido ao projeto de renovação do Palácio de Buckingham, na bagatela de 369 milhões de libras, ou seja, R$ 2,3 bilhões.

Foto colorida. Rainha Elizabeth, príncipe Charles, príncipe William,, príncipe George, princesa Charlotte, príncipe Louis e Kate Middleton
O núcleo sênior da realeza no fim das comemorações do Jubileu de Platina

“Não podemos dizer que a realeza escolhe usar jatos particulares ou helicópteros, que são todos pagos com o erário público, e enquanto as pessoas comuns estão lutando. Isso não está certo”, reforçou o expert em finanças reais.

Ao comentar a respeito do Relatório do Subsídio Soberano, o guardião do Tesouro Privado da rainha, Michael Stevens, frisou que as finanças atingiram um marco em razão do Jubileu. “Houve um aumento significativo no trabalho contra um prazo difícil para permitir que o Palácio de Buckingham estivesse no centro das atenções das celebrações do Jubileu de Platina. Tivemos o prazer de cumprir nossos planos.”

Foto colorida. Rainha Elizabeth e realeza britânica no Palácio de Buckingham
Realeza britânica no Trooping the Colour de 2019

O Relatório do Subsídio Soberano revelou quanto custou a viagem do príncipe William e de Kate Middleton ao Caribe, em março. Para a turnê dos duques de Cambridge pelos países Belize, Jamaica e Bahamas, foi preciso desembolsar 226 mil libras, o mesmo que R$ 1,4 milhão. O montante engloba apenas voos e acomodações. Em declaração, o porta-voz de finanças da rainha Elizabeth colocou a culpa na pandemia.

“O ano não foi sem desafios operacionais e financeiros. A Covid-19 significou que tivemos mais um ano em que o acesso aos Palácios Reais foi restrito ao The Royal Collection Trust, o que novamente afetou nossa capacidade de ajudar a autofinanciar nosso trabalho em nome da nação”, esclareceu Stevens.

Foto colorida. Príncipe William e Kate Middleton
Os duques de Cambridge em Belize, no início da tour do Jubileu

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