metropoles.com

Jornalista batiza Naja do DF de “Damares” após enquete e ministra rebate

Em um cenário com Bia Kicis e Sarah Winter, a ministra da Mulher foi a escolhida. Em nota, ela lançou desafio ao responsável pela sondagem

atualizado

Compartilhar notícia

Ivan Mattos/ Zoológico de Brasília
Naja no Zoo de Brasília
1 de 1 Naja no Zoo de Brasília - Foto: Ivan Mattos/ Zoológico de Brasília

O jornalista brasiliense Chico Sant’Anna decidiu batizar a Naja kaouthia, responsável por deixar o estudante Pedro Henrique Santos Krambeck Lehmkul, de 22 anos, em coma, no Distrito Federal. Pelas redes sociais, Sant’Anna realizou uma enquete, neste domingo (12/7), e teve ajuda dos seguidores para dar nome à cobra.

As opções para votos eram: Damares [Alves], [Bia] Kicis, em referência à deputada federal; e Sarah [Winter], militante bolsonarista. Com maioria, o nome da ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos foi eleito para batizar a Naja, que se encontra no Zoológico de Brasília.

0

Diante da repercussão da enquete, Damares se pronunciou e lançou um desafio ao jornalista. Ela informou que não se importa em ter o nome ligado à serpente, “quanto mais a uma cobra tão rara”. Porém, ela acataria o batizado caso “o jornalista colocasse ele mesmo a plaquinha com meu nome no pescoço da cobra”.

“Até organizo uma linda cerimônia de batismo. Mas tem que ser ele, o jornalista, a colocar a plaquinha e a cobra não pode estar sedada. Se ele topar, eu até ajudo a levantar a hashtag #damaresnaja”, rebateu a ministra.

Ela ainda sugeriu que a enquete tinha a intenção de ridicularizar mulheres e questionou: “Até onde ele [Sant’Anna] é macho?”.

“Comportamento bravo”

Ao Metrópoles, Sant’Anna afirmou que o intuito da enquete nunca foi ridicularizar mulheres, e a escolha dos nomes estaria ligado a personalidades públicas “bravas como a naja”.

“Elas têm um comportamento bravo, como a cobra”, disse. A respeito do resultado da enquete no Twitter, ele se mostrou surpreso.

“Pessoalmente, eu achava que ela não fosse ganhar porque tenho mais seguidores no Distrito Federal. E, no cotidiano do cenário brasiliense, a Damares não se faz tão presente. Mas, como diz o ditado, ‘a voz do povo é a voz de Deus'”, finalizou.

Sant’Anna não comentou se acataria ao desafio proposto por Damares. A enquete foi programada por sete dias.

Compartilhar notícia