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Áudio: diretora de Saúde do DF diz que centro cirúrgico vai parar

Verbena Melo reclamou em um grupo de WhatsApp da falta de medicamentos e materiais, como luvas. Secretaria nega desabastecimento

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Secretaria de Saúde
1 de 1 Secretaria de Saúde - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

A diretora administrativa da Superintendência da Região de Saúde Sul, Verbena Melo, usou o aplicativo de mensagens WhatsApp para comentar sobre a falta de insumos na rede pública. Em um dos dois áudios, a gestora solicita relatório informando que o “centro cirúrgico vai parar” e partos serão suspensos porque não tem luva. A divisão é responsável pelas unidades de saúde localizadas no Gama e em Santa Maria.

“Eu preciso disso no SEI [Sistema Eletrônico de Informações], de que o centro cirúrgico vai parar e nós vamos parar de fazer parto porque não tem luva. Vocês precisam documentar, me ajudar, porque chega a hora que falta, não tem documentado e não tenho argumento para bater na moça lá em cima”, disse. No outro arquivo, afirmou que faltaria medicamento e referiu-se a uma subsecretária como “madamezinha”.

“Eu autorizei uma dispensa de licitação, mas acontece que a gente não tem mais rubrica para comprar. A gente vai ter que ir atrás, porque chegou no almoxarifado central e não sei por que ainda não chegou aqui. A madamezinha, que é subsecretária e que me chamou de leviana, falou que não era mais preciso comprar com PDPAS [Programa de Descentralização Progressiva das Ações de Saúde] porque tinha chegado, só que ainda não chegou. Eu falei que iria faltar, mas ela falou que não, que já estava abastecido. Aí chegou o momento de faltar”, disse, sem especificar a qual produto se referia. “E daqui a 15 dias vai começar a faltar medicamento”, concluiu.

Ouça os áudios:

Material cedido ao Metrópoles
Áudios foram enviados em um grupo de WhatsApp

Em nota, a Secretaria de Saúde informou que os áudios foram trocados por servidores da Região de Saúde Sul e não são de conhecimento da pasta. “A Secretaria tem trabalhado para garantir o suprimento de todos os materiais necessários para o funcionamento de todas as unidades de saúde. Nenhuma delas teve atendimento suspenso por falta de material”, frisou.

À reportagem, Verbena disse que os áudios são de “50 dias atrás” e que há processo judicial em curso contra o responsável pelo vazamento.

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