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Suzano: vítima de atirador voltou para buscar namorada e acabou morta

Douglas Murilo Celestino saiu com vida do massacre, mas, ao retornar, foi alvejado e morreu no hospital

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Uma das vítimas dos atiradores de Suzano, o estudante Douglas Murilo Celestino, 16 anos, conseguiu sair da escola durante o massacre ocorrido na Escola Estadual Professor Raul Brazil. No entanto, ao não encontrar a namorada, Adna Bezerra, ele decidiu voltar para o local. Neste momento, ele foi alvejado. As informações foram confirmadas por parentes da vítima ao G1.

Douglas ainda foi socorrido no hospital, em Mogi das Cruzes, mas não resistiu aos ferimentos. O estudante está sendo velado no Parque Max Feffer, conhecido como Arena Suzano, ao lado de cinco vítimas do massacre.

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Mais de cinco mil pessoas já passaram pelo local. Devido à emoção, algumas pessoas precisaram de atendimento médico durante a cerimônia, que acontece desde as 7h. Uma mulher desmaiou, foi acudida por parentes e levada à enfermaria. Outra, muito nervosa, deixou o local em cadeira de rodas, amparada por profissionais da saúde.

Em uma área isolada, familiares das seis vítimas veladas na Arena Suzano receberam coroas de flores e as condolências de parentes e amigos. Passaram pelo local, o prefeito de Suzano, Rodrigo Ashiuchi, e o ministro da Educação, Vélez Rodríguez. Eles saíram sem dar declarações à imprensa. O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), apesar de confirmar presença, não compareceu à cerimônia.

Entenda o massacre em Suzano (SP)

A escola de Suzano, onde ocorreu o massacre, fica a cerca de 50 quilômetros da capital, São Paulo, e tem ensino fundamental e médio, além de um centro de línguas. Lá, estudam cerca de mil alunos, e trabalham 121 funcionários.

Vítimas
Entre as vítimas estão duas funcionárias da instituição de ensino, Marilena Ferreira Vieira Umezo e Eliana Regina de Oliveira Xavier. Cinco jovens, todos estudantes do ensino médio, e um comerciante da região também perderam a vida no ataque.

Caio Oliveira, Claiton Antonio Ribeiro, Douglas Murilo Celestino, Kaio Lucas da Costa Limeira, Samuel Melquíades Silva Oliveira estavam no pátio, durante o intervalo das aulas, quando foram surpreendidos pelos tiros.

Jorge Antônio Moraes, dono de uma locadora de veículos que fica ao lado do colégio, foi o primeiro a ser atingido pelos atiradores. Ele seria tio de Guilherme. Jorge foi socorrido e levado ao hospital municipal de Suzano, mas não resistiu.

Durante coletiva de imprensa, o comandante da PM de São Paulo, coronel Marcelo Vieira Salles, afirmou que os agentes do Grupo de Ações Táticas Especiais (Gate), da Polícia Militar, impediram que os criminosos entrassem em uma sala de aula e atirassem contra outros 10 alunos, que se escondiam no espaço.

Vídeos
Minutos após o ataque, um cenário de horror se formou no colégio Raul Brasil. As imagens mostram alunos caídos no chão e uma grande quantidade de sangue espalhada pelo local. Na gravação, é possível ver ao menos cinco corpos nos corredores da escola.

Estudantes correm pelo pátio, gritando em direção à pessoa que está gravando. Em desespero, uma aluna pede socorro. “Me ajuda, meu Deus”, berrou, ao sair correndo.

Imagens gravadas por câmeras de segurança na rua da escola filmaram o momento em que os dois atiradores estacionaram um Ônix branco em frente ao colégio e entraram para cometer o massacre. O vídeo foi divulgado pelo site O Antagonista.

Nas imagens, é possível ver o carro estacionando em frente ao portão de entrada da escola. Logo em seguida, o passageiro desce do veículo e parece conversar com o motorista. Com uma mochila nas costas e carregando algo nas mãos, ele deixa a porta por onde saiu aberta e dá a volta por trás do automóvel, parando ao lado da janela do condutor.

O rapaz parece continuar o diálogo com o motorista do carro por alguns instantes, em seguida se vira e entra na escola. O condutor demora no veículo por alguns minutos, mas logo sai com certa pressa e atravessa o portão do colégio. Assim como seu comparsa, ele levava uma mochila nas costas e carregava algo nas mãos. Em poucos segundos, vários adolescentes aparecem fugindo.

Após os assassinatos, Guilherme Taucci Monteiro, o mais novo, matou Luiz Henrique de Castro e cometeu suicídio.

 

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