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SP: comitê de médicos recomenda que Doria recue em decreto de igrejas

Centro de contingência considera que em momento de recorde de casos e mortes é preciso desestimular a população a sair de casa

atualizado

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Fábio Vieira/Metrópoles
Missa em celebração ao dia de São Judas Tadeu em SP
1 de 1 Missa em celebração ao dia de São Judas Tadeu em SP - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

São Paulo – Médicos do centro de contingência para a Covid-19 recomendaram ao governador João Doria (PSDB) a retirada do funcionamento dos templos religiosos do rol de serviços essenciais no estado de São Paulo. A recomendação ocorreu em uma reunião nesta terça-feira (2/3).

A orientação vem um dia depois de o governador anunciar decreto que classificou serviços religiosos como essenciais. Ao lado de lideranças evangélicas do PSDB, Doria havia comemorado a decisão sob o lema “esperança, fé e oração”.

“Sou católico e entendo que oração ajuda a aumentar a resiliência e a esperança em relação ao futuro”, declarou o governador a jornalistas horas depois.

A decisão foi elogiada por lideranças evangélicas. “Parabéns, governador Doria. Temos discordâncias políticas, mas você acertou em reconhecer as religiões como atividade essencial, dentro das normas sanitárias. As religiões tem papel terapêutico insubstituível”, declarou o pastor Silas Malafaia.

No entanto, o decreto foi criticado pelos médicos. Eles apontam que os encontros religiosos estão entre os principais polos de disseminação do novo coronavírus.

Um caso emblemático nesse sentido ocorreu na Coreia do Sul, onde a disseminação massiva do coronavírus, no começo de 2020, ocorreu sobretudo em igrejas. Na época, 60% de quase 8.200 casos de Covid-19 naquele país estavam relacionados a cultos de uma igreja cristã.

Segundo os médicos ouvidos por Doria, o estado passa por uma fase delicada e é preciso eliminar qualquer atrativo que leve a população a sair de casa.

Nesta terça, São Paulo bateu recorde de internações e mortes por Covid-19 durante a pandemia. O próprio governador João Doria admitiu que as próximas semanas serão “duras” e o secretário estadual de Saúde Jean Gorinchteyn afirmou que, a depender de sua opinião particular, escolas seriam fechadas.

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