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Sete variantes do novo coronavírus foram identificadas em Goiás

Em uma semana, estado confirmou três variações do vírus. No Entorno do DF, são ao menos 14 pessoas contaminadas com mutação do Reino Unido

atualizado

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Coronavírus
1 de 1 Coronavírus - Foto: Pixabay

Goiânia – O avanço do número de casos da Covid-19 aumenta a preocupação de autoridades de Goiás em meio à confirmação oficial de que o estado acumula sete variantes do novo coronavírus. Em apenas uma semana neste mês, o estado confirmou três variações do vírus.

A informação foi repassada ao Metrópoles pela superintendente estadual de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado da Saúde, Flúvia Amorim.

O sinal de alerta aumenta diante do risco de ao menos 14 pessoas estarem contaminadas com a variante do Reino Unido no Entorno do Distrito Federal. Ela foi confirmada como uma das mais transmissíveis e a que mais gera ocupação de leitos em hospitais, além de aumentar a mortalidade, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

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As constatações

Em apenas uma semana, foram confirmadas três variações do vírus. Em Goiás, quatro dias depois da última confirmação da variante do Reino Unido – a B.1.1.7 –, saiu a confirmação da cepa P1, oriunda de Manaus, de acordo com resultado de exame concluído na segunda-feira (15/2).

“A P1 não tem identificação de forma comunitária no estado ainda. Temos apenas os pacientes que vieram de Manaus e foram atendidos em Goiás”, afirma Amorim. “De 31 amostras nesses pacientes, 15 eram de variantes de Manaus”, acrescenta.

Em Goiás, as variações do Reino Unido e P1 são as que mais causam preocupação das autoridades, por causa do risco de maior transmissão delas em relação às demais, que, de acordo com a superintendente, não são tão graves.

A P2, que também é proveniente de Manaus, foi identificada em uma pessoa de Ceres, a 179 quilômetros de Goiás, no dia 8 de fevereiro. Foi o primeiro caso de identificação de um nova linhagem do coronavírus no estado.

No país, a P2 circula, normalmente, desde o ano passado. O Distrito Federal foi a primeira unidade federativa a identificá-la, em julho, de acordo com o Painel de Acompanhamento de Genoma da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).

Segundo a superintendente Flúvia Amorim, não há registro de que a P2 seja mais transmissível e, por isso, cause aumento no número de casos da Covid-19.

‘Ainda’

Em Goiás, que enfrenta aumento de casos de morte por Covid-19, ainda não há confirmação oficial laboratorial de transmissão comunitária, sem identificação da fonte, nem da variante de Manaus e nem da variante do Reino Unido. “Importante falar ‘ainda’ porque isso é uma questão de tempo”, alerta a superintendente.

“Apesar de a gente não ter encontrado [as variantes] de forma comunitária, não se pode confirmar que não haja. Existe grande possibilidade de ser comunitária, só não há confirmação laboratorial disso ainda”, afirma. Ela reforça que, no caso do Entorno, a fonte de contaminação foi identificada.

Em todo o estado, até as 10h30 de quint-feira (18/2), havia 376.831 casos de Covid-19 confirmados e 8.109 mortes.

Temor

Esta semana, o próprio governador Ronaldo Caiado (DEM) se mostrou preocupado diante da identificação de novas linhagens do coronavírus em Goiás. “Estamos temerosos”, admitiu.

O governo chegou a suspender ponto facultativo e feriado para o funcionalismo público no Carnaval deste ano para tentar diminuir a circulação de pessoas. Prefeituras também caminharam neste sentido.

Mas, ainda assim, flagrantes de desrespeito foram registrados. Esta semana, a Secretaria de Saúde adotou um mapa para acompanhar a situação da doença nas cidades.

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