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Roberto Jefferson defende que Forças Armadas deponham ministros do STF

Para o ex-deputado federal, presidente Jair Bolsonaro deveria pedir a intervenção de militares para tirar os 11 magistrados do cargo

atualizado

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Valter Campanato/Agência Brasil
Roberto Jefferson
1 de 1 Roberto Jefferson - Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

O presidente do PTB e ex-deputado federal Roberto Jefferson avalia que o seu novo aliado, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), está sendo “muito paciente” com o que chama de “ataques” que ele vem sofrendo. O petebista defendeu que as Forças Armadas exerçam uma função que, no passado, cabia ao imperador, de ser o “poder moderador” do país. E, na sua avaliação, a primeira ação que esse novo “poder” deveria tomar é depor os 11 ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). A declaração foi feita em entrevista ao UOL.

O objetivo, segundo ele, é “colocar essa turma da toga no seu devido lugar” – para o ex-deputado, o STF ” virou o tribunal do Reich” (em referência ao governo nazista da Alemanha) e vem sistematicamente “invadindo competências” do presidente e impedindo que ele governe.

Pedir a intervenção das Forças Armadas se justificaria, na sua avaliação, porque seria inócuo tentar que o Congresso atuasse para conter o que considera abusos do STF. “Artigo 142: pediria o poder moderador, as Forças Armadas. Direito constitucional. Ele [Bolsonaro], por iniciativa, pode requerer que a Marinha, o Exército e a Aeronáutica fizessem a intervenção militar”, disse.

“Eu não teria essa paciência que ele está tendo. Pedir ao Congresso, nada disso anda, porque os congressistas, em sua maioria, têm rabo preso com o Supremo”, disparou.

Perguntado se não seria ditatorial investir contra os ministros, rebateu: “Ditadura é o que o Supremo está fazendo”.

Esta não é a primeira vez, nos últimos dias, que Roberto Jefferson defende intervenções do tipo: no início do mês, por exemplo, causou polêmica ao postar foto armado, ameaçando “comunistas” e sugerindo golpe contra o STF.

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