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Prédio da Aprosoja em Brasília é alvo de ato contra Bolsonaro: “Agro é morte”

Ação denunciou o protagonismo que o agronegócio cumpre no aumento da fome, da miséria e do preço dos alimentos no Brasil

atualizado

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Foto: Matheus Alves/Divulgação
Prédio da Aprosoja em Brasília é alvo de ato contra Bolsonaro: "Agro é morte"
1 de 1 Prédio da Aprosoja em Brasília é alvo de ato contra Bolsonaro: "Agro é morte" - Foto: Foto: Matheus Alves/Divulgação

Movimentos que compõem a via campesina realizaram manifestação, nesta quinta-feira (14/10), na sede da Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja), no Lago Sul, em Brasília. A ação denunciou o protagonismo que o agronegócio cumpre no aumento da fome, da miséria e do preço dos alimentos no Brasil.

“Soja não enche prato. Bolsonaro financia a fome”, escreveram os manifestantes nas paredes do prédio. “Bolsoagro é fome. Aprosoja é fome. Agro é morte”, dizem outros letreiros.

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Participaram da ação o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), o Movimento pela Soberania Popular na Mineração(MAM), o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), a Pastoral da Juventude Rural (PJR), o Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA), o Movimento de Mulheres Camponesas (MMC), a Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (CONAQ) e o Movimento das Pescadoras e dos Pescadores Artesanais (MPP).

 

Procurada, a Aprosoja informou, em nota (leia a íntegra mais abaixo), que toma “providências cabíveis junto às autoridades policiais para que os responsáveis sejam identificados e responsabilizados por cada um dos crimes cometidos.”

O presidente da associação, Antonio Galvan, foi alvo de mandados de busca a apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF), em agosto deste ano, devido aos atos antidemocráticos realizados no 7 de Setembro. Nas vésperas do ato, o STF chegou a bloquear R$ 20 milhões.

Leia a íntegra da nota da Aprosoja sobre o ato:

“A Associação Brasileira dos Produtores de Soja (Aprosoja Brasil) repudia de forma veemente a invasão e a depredação de sua sede na manhã desta quinta-feira (14.10), em Brasília.

A entidade já está tomando as providências cabíveis junto às autoridades policiais para que os responsáveis sejam identificados e responsabilizados por cada um dos crimes cometidos.

Esta invasão covarde é uma afronta ao Estado Democrático de Direito e coloca em risco a integridade física de seus colaboradores e associados.

No momento da invasão, uma funcionária da associação que estava no recinto precisou se esconder dentro do banheiro com medo de ser agredida pelas mais de 60 pessoas que participaram do crime.

Apesar do episódio, a entidade seguirá representando milhares de produtores rurais de todos os tamanhos e de todos os estados brasileiros que produzem soja e milho, grãos esses que são essenciais para garantir a alimentação da população brasileira e de diversos países.

Ao contrário do que dizem entender os invasores em suas pichações – de que a soja não enche prato de comida – a soja e o milho produzidos na mesma área como segunda safra são fundamentais para a produção de carnes, leites, óleos, ovos e derivados. O grão também é utilizado na produção de medicamentos, cosméticos, tintas, colchões, pneus e até biodiesel, combustível ecológico que contribui para a redução de efeitos causados pela poluição nos centros urbanos.

O plantio de soja contribui com a geração e a manutenção de milhões de empregos no campo e, principalmente, nos centros urbanos, graças a toda uma cadeia complexa de comércio, serviços e de logística que se torna necessária com a produção rural.

Os insumos utilizados no campo (máquinas, implementos, pneus, fertilizantes e defensivos) são produzidos e preparados nas cidades, assim como tudo que é produzido no campo vai parar nas gôndolas dos supermercados, nas cidades onde estão as indústrias instaladas.

Portanto, manifestações como estas que ocorreram na sede da Aprosoja Brasil não constroem nada de bom e são o oposto do que a sociedade brasileira precisa neste momento, que é de união, serenidade e equilíbrio para superar os efeitos da pandemia e da crise econômica que se seguiu, gerar empregos, combater a fome e cuidar dos mais vulneráveis. E é com este espírito que nos revestiremos para seguir trabalhando”.

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