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O presidente Jair Bolsonaro (PL) voltou a falar, nesta segunda-feira (11/4), sobre a demissão do ex-presidente da Petrobras general Joaquim Silva e Luna. O chefe do Executivo federal afirmou que a Petrobras não explica as ações que toma e isso só acaba trazendo transtornos para o governo. Segundo ele, era preciso procurar alguém “mais profissional” para a estatal.
“Eu não quero entrar nesse detalhe. Eu indico ao conselho, sua admissão e demissão. Um dos motivos principais [da demissão de Silva e Luna] era que precisávamos de alguém mais profissional lá dentro, para poder dar transparência, porque ela [Petrobras] não usa seu marketing. Ela não fala”, disse Bolsonaro em entrevista ao podcast dos Irmãos Dias.
“O que eu falei pra vocês aqui, era para Petrobras falar. Fica no meu colo. Tudo cai no meu colo na questão da Petrobras, eu não apito nada e cai no meu colo. E, obviamente, é um ponto de desgaste enorme pra mim”, completou o presidente se referindo às ações que a estatal deveria tomar para destrinchar os valores dos combustíveis.
Depois de uma intensa troca de desentendimentos com Silva e Luna, o presidente Jair Bolsonaro decidiu o demitir em março. Na primeira manifestação pública após o ato, Bolsonaro disse que a saída do ex-presidente foi “coisa de rotina, sem problema nenhum”.
Os novos nomes foram anunciados após o economista Adriano Pires e o empresário Rodolfo Landim desistirem de assumir os postos para os quais foram indicados pelo governo. Para que a substituição seja efetuada, o governo deve enviar a indicação dos nomes para a estatal, que devem ser votados em assembleia geral ordinária da Petrobras. A previsão é que a votação ocorra em 13 de abril.
Se confirmada, esta será a segunda troca na petroleira em um ano. O motivo da mudança são as queixas do presidente Jair Bolsonaro (PL) sobre as altas nos preços dos combustíveis.
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Durante participação por videoconferência do Congresso Brasil Profundo, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que a gasolina brasileira é a mais barata do mundo. O pronunciamento aconteceu em meio a mais um aumento no preço do combustível no país
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No entanto, segundo o relatório semanal da consultoria Global Petrol Prices realizado em início de março de 2022, o Brasil, na verdade, fica em 90º lugar no ranking mundial. O preço médio do litro de gasolina no país custa US$ 1,287. Em real, o valor seria R$ 6,56, muito mais elevado do que em países como a Venezuela, por exemplo
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De acordo com o relatório, o país que faz fronteira com o Brasil tem o menor preço da gasolina. Por lá, o litro está custando aproximadamente US$ 0,025
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Assim como na Venezuela, o preço da gasolina na Líbia também é um dos mais baixos do mundo. No país localizado no continente africano, o litro do combustível chega a US$ 0,032
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No Irã, o litro de gasolina custa cerca de US$ 0,051; na Síria, US$ 0,316; na Argélia, US$ 0,321; na Angola, US$ 0,337; e, no Kuwait, custa US$ 0,346
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Até então, na Rússia, que está em guerra com a Ucrânia, o litro do combustível custa US$ 0,373; no Cazaquistão, US$ 0,400; na Nigéria, US$ 0,400; na Malásia, US$ 0,491; na Bolívia, US$ 0,545; no Catar, R$ 0,577; na Colômbia, US$ 0,624; e, nas Maldivas, custa aproximadamente US$ 0,840
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Na vizinha Argentina, o litro da gasolina custa R$ 0,976; no México, US$ 1,078; nos Estados Unidos, US$ 1,178; na Ucrânia, que está em guerra com a Rússia, até então, o litro da gasolina custa US$ 1,183 e, no Paraguai, US$ 1,208
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A diferença de preço de cada país varia conforme a taxação de impostos, já que todos os países compram o petróleo nos mercados internacionais pelos mesmos preços, mas submetem diferentes impostos
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No Brasil, a Petrobras anunciou recentemente o aumento de 18,8% na gasolina e de 24,9% no diesel nas refinarias. Já o gás de cozinha (GLP), a alta foi de 16,1%. Com o novo reajuste, o valor atual da gasolina no Brasil está acima dos R$ 7,00 por litro
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