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“Não vai ter sacanagem nas eleições”, diz Bolsonaro sobre 2022

Presidente reforçou que acompanhamento do processo eleitoral pelas Forças Armadas vai acabar com a suspeição

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
Presidente Jair Bolsonaro participa da solenidade de Passagem de Comando do Comandante de Operações Especiais em Goiania 12
1 de 1 Presidente Jair Bolsonaro participa da solenidade de Passagem de Comando do Comandante de Operações Especiais em Goiania 12 - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

Em agenda em Campinas (SP), nesta sexta-feira (8/10), o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) disse que “não vai ter sacanagem nas eleições” de 2022.

“O ano que vem tem eleições, vamos renovar, prestigiar quem fez um bom trabalho e renovar. Pode ter certeza que não vai ter sacanagem nas eleições”, afirmou ele em discurso na 1ª Feira Brasileira do Nióbio.

Em seguida, Bolsonaro saudou a participação das Forças Armadas no processo eleitoral. Como resposta aos ataques às urnas eletrônicas feitos pelo próprio presidente e seus aliados, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) criou uma comissão da transparência para o próximo pleito, que terá participação dos militares na fiscalização.

“Convidaram as Forças Armadas, nós aceitamos e vamos participar de todo o processo eleitoral. Vamos acabar com a suspeição”, assinalou Bolsonaro.

Após derrota imposta pela Câmara dos Deputados, que rejeitou a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do Voto Impresso, o mandatário recuou da defesa do voto impresso e agora tem apresentado a tese de que o acompanhamento do processo pelos militares vai garantir confiança no pleito.

Abertura dos códigos-fontes

Esta semana, representantes das Forças Armadas, partidos políticos e PF acompanharam a abertura dos códigos-fontes das urnas eletrônicas. O presidente do TSE, ministro Luís Roberto Barroso, antecipou a abertura dos códigos-fonte, que era feita seis meses antes do pleito,

A disponibilização antecipada do código-fonte foi determinada em resolução do TSE aprovada por unanimidade pela Corte Eleitoral na última terça-feira (28/9). A nova norma alterou a Resolução TSE nº 23.603, de 2019, que trata sobre os procedimentos de fiscalização e auditoria do sistema eletrônico de votação.

No evento, ao agradecer a presença dos presidentes de 22 partidos políticos e de vários representantes da sociedade civil no evento, o ministro Barroso lembrou que o sistema eleitoral flui há muito tempo e flui bem.

“Infelizmente, as pessoas não tinham a preocupação em acompanhar a abertura do código-fonte. Não há nenhum segredo: esse é um sistema que está em vigor desde 1996, pelo qual foram eleitos todos os parlamentares que estão aqui. Estamos todos empenhados em prover a sociedade de eleições limpas, seguras e auditáveis”, disse.

Barroso afirmou ainda que a discussão sobre o voto impresso está encerrada e comemorou que “finalmente o defunto foi enterrado”.

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