Ministério da Cidadania fará anúncio sobre Auxílio Brasil às 15h30

Ministro João Roma falará em coletiva no Palácio do Planalto. Na terça, um anúncio chegou a ser organizado, mas acabou sendo cancelado

atualizado 20/10/2021 15:18

O ministro João Roma, da Cidadania Agência Câmara

O Ministério da Cidadania fará uma coletiva de imprensa às 15h30 desta quarta-feira (20/10) para tratar do Auxílio Brasil, programa social que vai substituir o Bolsa Família. A iniciativa é vista como uma forma de ajudar a recuperar a popularidade da gestão Jair Bolsonaro.

A coletiva deve ser realizada no Palácio do Planalto e contar com a presença do ministro da Cidadania, João Roma, que falará sobre “estratégias e rumos para o Auxílio Brasil”. Ainda não há informação sobre a presença de outras autoridades. Bolsonaro cumpriu agenda no Ceará nesta quarta e tem retorno previsto para Brasília às 15h30.

A divulgação dos detalhes do programa social estava programada para terça-feira (19/10), mas acabou cancelada de última hora devido à falta de acordo e frente à reação negativa do mercado financeiro a respeito das notícias sobre a possibilidade de quebra do teto de gastos, regra que impede as despesas do governo de crescerem acima da inflação do ano anterior.

Mais cedo, em evento no Ceará, Bolsonaro confirmou que o novo programa social terá o valor de R$ 400.

“Ontem, nós decidimos, como está chegando ao fim o auxílio emergencial, dar uma majoração para o antigo programa Bolsa Família, agora chamado Auxílio Brasil, de R$ 400”, informou o mandatário da República.

Segundo o titular do Palácio do Planalto, parte da imprensa criticou a medida, dizendo que é programa assistencialista. “Hoje em dia, a média do Bolsa Família é de R$ 192, e a média do Auxílio Emergencial é de R$ 250. Com a política do ‘fica em casa, a economia a gente vê depois’, estamos agora pagando conta alta na inflação”, assinalou.

O chefe do Executivo federal citou, mais uma vez, a questão do teto de gastos. “Temos a responsabilidade de fazer com que esses recursos venham do próprio Orçamento da União. Ninguém vai furar teto nem fazer estripulia no orçamento”, assegurou.

“Seria extremamente injusto deixar 17 milhões de pessoas com valor tão pouco do Bolsa Família. Quero dizer a vocês que sabemos também que muitas das necessidades que vocês têm não há como resolvermos tudo de uma hora para outra, mas vamos dar o exemplo, trabalhando para todo o Brasil”, disse Bolsonaro.

Sem definição sobre a fonte dos recursos, o governo federal pretende pagar R$ 400 mensais para 17 milhões de famílias de baixa renda atendidas pelo novo Bolsa Família. A ideia original era que o valor fosse de R$ 300. Com o acréscimo de R$ 100 determinado por Bolsonaro, o programa social deve custar aos cofres públicos R$ 84,7 bilhões em 2022.

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