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Horas após receber alta hospitalar, Bolsonaro vai a jogo de futebol

Presidente deixou hospital em São Paulo após dois dias internado com nova obstrução intestinal. Em Goiás, participará de partida beneficente

atualizado

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Reprodução/Instagram
Bolsonaro chuta bola em jogo de Marrone
1 de 1 Bolsonaro chuta bola em jogo de Marrone - Foto: Reprodução/Instagram

Horas após receber alta hospitalar, na manhã desta quarta-feira (5/1), o presidente Jair Bolsonaro (PL) vai comparecer a um jogo de futebol beneficente em Buriti Alegre, no estado de Goiás.

A partida será promovida pelos cantores sertanejos Gusttavo Lima – que cancelou sua ida após ser diagnosticado com Covid-19 – e Marrone na noite desta quarta-feira.

Bolsonaro ao lado do cantor Marrone

O chefe do Executivo federal deixou o Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, às 10h20 desta quarta, onde estava internado desde a madrugada de segunda-feira (3/1).

Ele chegou no Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência da República, às 13h. Quatro horas e quarenta minutos depois, às 17h40, o comboio presidencial deixou o local e seguiu para a Base Aérea de Brasília, rumo ao município goiano.

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Internação

O presidente deu entrada no Hospital Vila Nova Star, em São Paulo, na madrugada de segunda, onde foi diagnosticado com nova obstrução intestinal. Ele estava de férias no litoral catarinense, mas precisou interromper a folga.

Segundo Bolsonaro, ele começou a passar mal no domingo (2/1). O presidente publicou uma foto nas redes sociais utilizando uma sonda gástrica. O chefe do Executivo federal está sendo monitorado pelo cirurgião Antônio Luiz Macedo, que operou o então candidato à Presidência após a facada em setembro de 2018 e acompanha a evolução do caso desde então.

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Nessa terça-feira (4/1), o hospital informou que o presidente já havia retirado a sonda nasogástrica após ter evoluído com boa aceitação da dieta líquida ofertada durante o dia.

Por meio de nota, a instituição divulgou ainda que o quadro de suboclusão intestinal do presidente se desfez e reiterou que não havia necessidade de submeter Bolsonaro a uma cirurgia.

Histórico de cirurgias

Desde o ataque, Bolsonaro já passou por quatro cirurgias relacionadas à facada. Relembre:

6 de setembro de 2018

A primeira cirurgia de Bolsonaro foi realizada no mesmo dia em que sofreu o atentado, em 6 de setembro de 2018. Na época, o então candidato foi levado para a Santa Casa de Juiz de Fora. Ele teve lesões nos intestinos delgado e grosso e passou por uma cirurgia que durou cerca de 2 horas. O intestino foi ligado a uma bolsa de colostomia.

12 de setembro de 2018

A segunda, em 12 de setembro do mesmo ano, considerada de emergência, foi para reparar uma obstrução no intestino. O procedimento durou cerca de 1 hora e foi considerado bem-sucedido.

28 de janeiro de 2019

O terceiro procedimento cirúrgico de Bolsonaro ocorreu em 28 de janeiro de 2019, o primeiro já como presidente da República, e serviu para retirar a bolsa de colostomia.

Inicialmente, a cirurgia estava prevista para durar 3 horas, mas devido a uma grande quantidade de aderências, ou seja, partes do intestino que ficaram coladas, a equipe médica teve de fazer um procedimento mais complexo – o que fez com que o tempo total da cirurgia fosse de 7 horas.

Foram retirados de 20 a 30 centímetros do intestino grosso de Bolsonaro na parte que ligava o intestino delgado à bolsa de colostomia.

8 de setembro de 2020

Em 8 de setembro do ano passado, os médicos corrigiram uma hérnia que surgiu no local do abdômen do presidente. A hérnia ocorreu em razão das últimas três cirurgias. O procedimento, considerado de médio porte, durou 5 horas e foi bem-sucedido.

Outros procedimentos

Além disso, em julho do ano passado, após ter sido submetido a um procedimento para realizar um implante dentário, Bolsonaro deu entrada no Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília, com dores abdominais. Os médicos chegaram a cogitar uma cirurgia, que logo foi descartada.

O presidente ainda foi submetido a uma vasectomia em 30 de janeiro doe 2020. O procedimento é utilizado por homens que não desejam mais ter filhos.

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