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Gilmar Mendes pede investigação contra bolsonaristas que agrediram imprensa

Ministro da suprema corte classificou como “chocante” os episódios de agressões contra jornalistas no Palácio da Alvorada

atualizado

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Michael Melo/Metrópoles
Gilmar Mendes
1 de 1 Gilmar Mendes - Foto: Michael Melo/Metrópoles

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Gilmar Mendes, classificou como “chocante” a decisão de empresas de jornalismo, entre elas o Metrópoles, de suspender a cobertura no Palácio da Alvorada, onde o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) costuma cumprimentar apoiadores e local de constantes ataques e agressões verbais a jornalistas.

Em sua conta no Twitter, o magistrado defendeu que Ministério Público e Judiciário devem investigar as agressões feitas pela militância bolsonarista contra os profissionais pois, nas palavras de Mendes, “configuram atentado grave à liberdade de imprensa”.

Na segunda-feira (25/5), os militantes hostilizaram a imprensa em duas ocasiões. A primeira ocorreu após Bolsonaro criticar a cobertura do governo. “No dia que vocês começarem a falar a verdade, eu falo com vocês”, disparou o chefe do Executivo.

Assim que o presidente saiu, o grupo partiu para cima dos jornalistas, gritando palavras de ordem, palavrões e ofensas, entre elas “lixo”, “ratazanas”, “imprensa podre”, “merdas”, “comunistas”, entre outras.

O segundo episódio ocorreu no Ministério da Defesa, onde Bolsonaro se reuniu e almoçou com o ministro, Fernando Azevedo. Assim que o presidente deixou o edifício, o grupo bolsonarista, incluindo membros do acampamento que apoia o governo “300 do Brasil”, o qual uma das líderes admitiu haver armas entre os acampados – passou a xingar os profissionais. Alguns deles chegaram a partir para cima e insinuar agressões físicas a repórteres do jornal O Globo e Metrópoles.

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