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Flávio Dino: “Estarei no apoio a Lula em 2022, sem dúvida alguma”

Para o governador do Maranhão, as decisões de Fachin e de Gilmar Mendes são “pás de terra” sobre “absurdos” da Lava Jato.

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Flávio Dino
1 de 1 Flávio Dino - Foto: Reprodução/Facebook

Embora tenha seu nome como um plano do PCdoB para a corrida eleitoral de 2022, o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), diante da probabilidade de candidatura do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2022, aponta que “sem dúvida alguma” estará no apoio ao petista.

Em entrevista ao Metrópoles, Dino avaliou o primeiro discurso de Lula após a decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), que anulou as condenações contra o petista, como uma sinalização à frente ampla.

“O posicionamento que ele adotou no discurso foi na direção de ser o articulador de um conjunto de forças capazes de derrotar o bolsonarismo. Esse foi o principal ponto. Você junta quem pode juntar com um programa amplo, que fale com o país inteiro, que pactue a nação contra a barbárie bolsonarista. E a reação foi positiva”, disse Dino.

“Acho que Lula é o nome mais indicado para ser candidato e, se ele for, de fato, eu, particularmente o apoiarei, sem dúvida alguma”, enfatizou o governador.

Reação positiva

Dino considerou um “sinal positivo” do deputado Rodrigo Maia (DEM-RJ), ex-presidente da Câmara, reconhecer a liderança do ex-presidente e suas diferenças com o atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

“Um político como Rodrigo Maia, que hoje está no centro-direita, reagiu positivamente. Isso mostra que o discurso foi correto.”

“Lula respondeu no discurso dele que qualquer alternativa no campo da esquerda deve ser ampla. Eu achei posicionamento muito correto, com conteúdo e adequado ao que o Brasil está precisando agora. Lula sinalizou para diálogo amplo com todos os setores. Do que vi, gostei muito”, disse Dino.

“Lula é uma figura central, qualquer que seja o desenho eleitoral concreto. Seja candidato ou não, ele terá um papel de destaque, de protagonismo”, enfatizou.

Dino sempre manteve diálogo próximo com o ex-presidente da Câmara e foi um dos articuladores de apoio às suas duas eleições à frente da Casa, em 2016 e 2019. Ele percorreu gabinetes e levou o apoio do PCdoB a Maia. Isso rendeu lugar para a bancada comunista na Mesa Diretora durante a gestão de Maia.

Virada

Para Dino, a decisão do ministro Fachin muda profundamente o cenário político brasileiro. “Mais que uma possibilidade, nós temos hoje uma probabilidade de Lula ser o candidato. Isso altera bastante. Antes, essa hipótese era tida como impossível”, destaca.

Para o governador, os ventos da mudança atingiram o STF de vez desde que as conversas entre o então juiz Sergio Moro e procuradores vieram à tona.

“O que mudou foi a revelação da absoluta e indiscutível conduta ilegal do Sergio Moro e dos procuradores. Criou-se uma demonstração espantosa, escandalosa, da quantidade de ilegalidade que o Sergio Moro e os procuradores cometeram. Trata-se de uma situação em que é tão evidente, tão nítida e tão escandalosa que realmente não há condição de qualquer tribunal do mundo validar esse nível de arbitrariedade e ilegalidade em Curitiba”, observou.

“Era inevitável a anulação. Ela poderia vir por incompetência da 13ª Vara, ou pela suspeição”, destacou. “Tenho até incapacidade de adjetivar com elegância o que foi feito em Curitiba.”

“Pás de terra”

Para o governador, apesar de o ministro ter mandado para a Justiça de Brasília os processos contra Lula, são assuntos “já liquidados” e que devem prescrever.

“Ainda mais com o voto do Gilmar Mendes (proferido no julgamento da suspeição de Moro)”, disse o governador, que já foi juiz federal, como Moro.

“O Fachin abriu a cova e o Gilmar botou as últimas pás de terra em cima desses absurdos”, completou.

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Lula e o então senador eleito Flávio Dino, do Maranhão
Governador Flávio Dino diz que estará no apoio a Lula em 2022
Nome do PCdoB para 2022, governador Flávio Dino diz que estará no palanque de Lula
Nome do PCdoB para 2022, governador Flávio Dino diz que estará no palanque de Lula
Flávio Dino, governador do Maranhão, está deixando o PCdoB
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Governador Flávio Dino diz que apoiará Lula em 2022

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Lula e o então senador eleito Flávio Dino, do Maranhão

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Governador Flávio Dino diz que estará no apoio a Lula em 2022

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Nome do PCdoB para 2022, governador Flávio Dino diz que estará no palanque de Lula

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Flávio Dino, governador do Maranhão, está deixando o PCdoB

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Atacado por Bolsonaro, Flávio Dino é autor de várias representações no STF contra Bolsonaro

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Flávio Dino

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Governador Flávio Dino diz que estará no apoio a Lula em 2022

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Governador do Maranhão, Flávio Dino

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Governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB) diz que Bolsonaro usa mentira como tática de governo

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Flávio Dino, governador do Maranhão

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Governador do Maranhão, Flávio Dino

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“Desinformado e mentiroso”

O governador maranhense também protagoniza seguidos embates com o presidente Jair Bolsonaro. Recentemente, ele pediu no Supremo Tribunal Federal (STF) investigação do presidente pela divulgação em redes sociais de valores que o presidente disse ter repassado aos estados para o combate à Covid-19, em uma postagem na qual o presidente sustenta que o governo federal fez sua parte em relação à pandemia e insinua que os governadores, não.

Em outras representações enviadas à Corte, o governador ainda pede que o Judiciário obrigue o governo federal a reativar UTIs, além de determinações para que governadores possam comprar vacina mesmo sem aval da Anvisa.

A busca pelo STF se deu, segundo o governador, devido às mentiras do presidente Jair Bolsonaro.

“Para Bolsonaro, a mentira é parte do exercício do governo”, enfatiza.

Nesta semana, o governador, que já foi chamado por Bolsonaro de “pior dos governadores ‘de paraíba’”, referência preconceituosa feita pelo presidente da República aos nordestinos, voltou a ser alvo de ataques.

O presidente disse a apoiadores, em conversa na porta do Palácio da Alvorada, que Dino “pagou folha de salário”, mas não investiu os recursos na saúde.

Na conversa, Dino reagiu: “O Bolsonaro é desinformado e mentiroso. Ele provou isso mais uma vez”.

“Se ele fosse minimamente sério, saberia que existe um portal da transparência, que dinheiro do SUS tem uma fonte própria. Ele saberia que o mínimo constitucional de investimentos dos estados na saúde é de 12% dos estados, e que o estado do Maranhão investiu 15% na Saúde. Mas ele não sabe de nada”, respondeu. “Por isso que agora eu entro conta ele no STF.”

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