CPI deve aumentar o número de indiciados no relatório de Renan

Senadores cogitam a inclusão de ao menos nove pessoas e buscam consenso sobre o Amazonas

atualizado 22/10/2021 18:49

CPI da Covid Pedro França/Agência Senado

O relatório da CPI da Covid-19 pode ter novos indiciados até a votação marcada para a próxima terça-feira (26/10) na comissão. Atualmente, os senadores do G7, grupo majoritário da comissão, cogitam a inclusão de ao menos nove pessoas -, mas este número ainda não está fechado – e buscam algum consenso sobre o caso do Amazonas.

Até a próxima terça-feira, os parlamentares pretendem inserir mais nomes e mudar a gradação de crimes imputados a alguns indiciados para respeitar a dosimetria e dar mais coerência ao conjunto.

O vice-presidente da comissão, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), afirmou que, a princípio, os senadores cogitam incluir o reverendo Amilton Gomes de Paula, presidente da Secretaria Nacional de Assuntos Humanitários (Senah); Regina Célia, fiscal de contratos do Ministério da Saúde; Hélio Angotti Netto, secretário de Ciência, Tecnologia, Inovação e Insumos do Ministério da Saúde; e José Alves e Jailton Batista, sócios da Vitamedic.

Além de Alex Lial Marinho, ex-coordenador de logística do Ministério da Saúde; Marcelo Bento Pires, ex-assessor do Ministério da Saúde; Heitor Freire de Abreu, assessor especial do ministro da Defesa, Walter Braga Netto, e participou do Centro de Coordenação de Operações da Pandemia; e Thiago Fernandes da Costa, servidor do Ministério da Saúde.

O relatório final apresentado pelo senador Renan Calheiros (MDB-AL) pediu indiciamento de 66 pessoas – incluindo o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e os filhos – e duas empresas.

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O senador Eduardo Braga (MDB-AM) reclamou ainda na sessão dessa quarta-feira (20/10) da falta de punição relacionada a Manaus e sugeriu a responsabilização do governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC).

“É inaceitável que o relatório final não peça a punição de nenhum dos responsáveis pelo caos vivido no estado do Amazonas. Nosso estado foi transformado em um verdadeiro campo de testes, com experimentos com remédios ineficazes, falta de oxigênio, de leitos de internação e até de covas para enterrar os nossos conterrâneos. Nenhum estado sofreu tanto quanto o Amazonas. Não há nenhuma dúvida de que houve uma série de crimes e de criminosos que precisam ser punidos”, cobrou Braga, durante a leitura do relatório.

O relatório conta com 32 páginas sobre o caos com a falta de oxigênio na capital amazonense. Entretanto, senadores ainda tentam entrar em consenso para ampliar o texto e definir responsabilizações. O governador do Amazonas já é réu no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e, para alguns, não haveria a necessidade de indiciá-lo pelas mesmas razões.

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