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À CPI, Pazuello pede desculpas por ir a shopping sem máscara

Sessão dessa quarta-feira foi suspensa após o ministro ter um mal-estar. Mais de 20 senadores se inscreveram para fazer perguntas

atualizado

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Rafaela Felicciano/Metrópoles
General Eduardo Pazuello na CPI da Covid
1 de 1 General Eduardo Pazuello na CPI da Covid - Foto: Rafaela Felicciano/Metrópoles

O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello volta a ser ouvido na CPI da Covid nesta quinta-feira (20/5), após a sessão ser interrompida nessa quarta-feira (19/5). Durante o intervalo, o ministro teve um mal-estar e o presidente do colegiado, Omar Aziz (PSD-AM), cancelou a oitiva.

Ao sair da sala da CPI, no entanto, o general desmentiu a informação de que teria passado mal. Pouco depois, o Senado desmentiu o desmentido.

A expectativa para esta quinta-feira é de que 24 senadores façam perguntas ao ex-ministro de Jair Bolsonaro (sem partido).

O primeiro a fazer perguntas ao ex-ministro foi o senador Eduardo Braga (MDB-AM). O parlamentar indagou o general sobre o episódio em shopping de Manaus, em que Pazuello foi flagrado sem máscara.

“Essa entrada é uma entrada lateral do estacionamento, fui levar minha filha ao shopping e claro que fui com máscara. Essa máscara, quando desci do carro, ficou no carro pisada, ficou inutilizada. Na porta do shoping, conversei com a moça que mede a temperatura, perguntei onde podia comprar e ela disse que em um quiosque em frente. Do momento onde estava a temperatura até 8 m em seguida, fui fotografado”, relatou.

Braga provocou o ex-ministro para saber se ele se arrependia do ato. “Claro [estou pedindo desculpas]. Causou isso tudo é a compreensão de que hoje eu sou uma pessoa conhecida e mesmo naqueles 8 m foi o suficiente para ser muito mal interpretado. Peço desculpas”.

O depoimento do general era o mais aguardado, uma vez que Pazuello foi o chefe da Saúde que mais tempo ficou no cargo na atual gestão.

O período de Pazuello frente à pasta foi marcado por polêmicas e uma crise sanitária no Amazonas provocada pela falta de oxigênio para tratar pacientes com Covid-19.

Contradições

Durante o depoimento, Pazuello poderia, por força de um habeas corpus concedido pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF), ter ficado em silêncio e evitado perguntas que o incriminassem.

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O general, entretanto, optou por falar — e se contradisse — sobre vacinas, cloroquina, abastecimento de oxigênio em Manaus, TrateCov e testes perdidos, entre outros temas. Em toda a sessão da CPI, o general tentou proteger o presidente Jair Bolsonaro (sem partido).

Ao comentar a crise de oxigênio em Manaus, o ex-ministro irritou os senadores presentes na sessão, entre eles Omar Aziz, com reduto eleitoral no Amazonas.

Mudança de data

Diante da transferência do fim do depoimento de Pazuello para esta quinta-feira, a oitiva de Mayra Pinheiro na CPI da Covid foi transferida para a próxima terça-feira (25/5).

A CPI da Covid-19 tem o objetivo de investigar as ações e omissões do governo federal no enfrentamento à pandemia e, em especial, no agravamento da crise sanitária no Amazonas com a ausência de oxigênio, além de apurar possíveis irregularidades em repasses federais a estados e municípios.

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