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Colega “rico e católico” faz abortos ilegais, diz médico que atendeu menina

Ele participou de audiência pública no Senado e apontou “hipocrisia”, citando caso de colega: “Se atendesse pessoas pobres, estaria preso”

atualizado

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médico Olímpio Barbosa de Moraes Filho, responsável pelo aborto da menina de 10 anos em Recife
1 de 1 médico Olímpio Barbosa de Moraes Filho, responsável pelo aborto da menina de 10 anos em Recife - Foto: Reprodução/ Globo News

O médico Olímpio Moraes Filho, que realizou o procedimento de aborto na menina de 10 anos, grávida de estupro, em um hospital de Recife, no último domingo (16/08), disse em uma audiência pública sobre o tema, realizada no Senado, que ele somente realiza abortos legais, ao contrário de vários médicos que enriquecem com abortos clandestinos.

Na oportunidade ele chegou a citar a hipocrisia de profissionais, que se dizem católicos, mas atendem interrompendo gestações de mulheres mais ricas. Segundo o médico, nada acontece com esses profissionais devido ao interesse de políticos em manterem o serviço.

“Porque no Brasil, o aborto não é crime para uma parcela da população que tem um aborto seguro nos hospitais. Discordo totalmente que os médicos têm interesse em ganhar dinheiro. Há sim os médicos que fazem aborto ilegal, coisa que eu nunca fiz. (Querem) Que continue assim, porque eles cobram R$ 2 mil a R$ 3 mil. O dia (em) que o SUS começar a fazer, eles vão perder sua fonte de renda”, disse o médico.

“Um dos médicos mais ricos de Pernambuco, com haras, e que, por sinal, é muito católico, faz aborto por R$ 3 mil, com aspiração em seu consultório. Todo mundo sabe, mas ninguém vai prender porque dependem (dele) as amantes dos deputados dos senadores, e suas filhas, a população que tem dinheiro. Se atendesse pessoas pobres, estaria preso”, declarou o médico.

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Grupos antiaborto pressionaram a família de criança grávida após estupro
Relatora do caso ressaltou que, mesmo em países onde o aborto é descriminzalizado, o procedimento não costuma ser liberado em fase avançada da gestação
Manifestantes pedem a legalização do aborto
Médico Olímpio Barbosa de Moraes Filho, responsável pelo procedimento na menina de 10 anos, em Recife
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Divulgação
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Grupos antiaborto pressionaram a família de criança grávida após estupro

FILIPE JORDãO/JC IMAGEM/ESTADÃO CONTEÚDO
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Relatora do caso ressaltou que, mesmo em países onde o aborto é descriminzalizado, o procedimento não costuma ser liberado em fase avançada da gestação

Agência Estado
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Manifestantes pedem a legalização do aborto

Rafael Arbex /agencia estado
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Médico Olímpio Barbosa de Moraes Filho, responsável pelo procedimento na menina de 10 anos, em Recife

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