metropoles.com

Câmara quer instalar “cronômetro” para investigações do caso Marielle

Medida foi anunciada na primeira reunião da comissão externa que acompanhará apuração do duplo homicídio: vereadora e motorista mortos

atualizado

Compartilhar notícia

Daniel Ferreira/Metrópoles
Comissão externa Marielle Franco
1 de 1 Comissão externa Marielle Franco - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

A comissão externa da Câmara dos Deputados que acompanha as investigações sobre as mortes da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes deverá lançar um “cronômetro” para monitorar o avanço da apuração do duplo homicídio. A medida foi anunciada pelo coordenador do colegiado, deputado Jean Willys (PSol-RJ), nesta quarta-feira (21/3), durante a primeira reunião do grupo.

“Iremos colocar uma espécie de cronômetro público para cada uma das providências que estão sendo tomadas, informando a população o que cada uma das instituições envolvidas tem de resposta”, afirmou o deputado. Segundo o parlamentar, a intenção é que a plataforma seja publicada na forma de um hotsite e contenha informações de diferentes setores envolvidos nas investigações.

Composta por 14 membros, a comissão externa teve sua abertura autorizada após sessão solene da Câmara dos Deputados realizada em homenagem à parlamentar na última quinta (15). Além do PSol, assinaram o documento as bancadas do PT e PCdoB.

Em seu primeiro encontro, os deputados aprovaram requerimentos para audiências com autoridades como o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, e a procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Os parlamentares também sugeriram encontros com os órgãos policiais responsáveis pelo caso e a adoção de medidas protetivas para a inclusão da assessora sobrevivente do ataque e de familiares das vítimas em programas de proteção.

Fake news
Os parlamentares também sugeriram uma colaboração com a Polícia Federal para conter a propagação de informações falsas compartilhadas na internet sobre Marielle Franco. “Os ‘fake news’ representam primeiro uma tentativa de justificar a morte, e isso cria uma disputa de narrativas que possibilita que as respostas não possam ser dadas com a dureza a e a rapidez que o caso exige”, afirmou Erika Kokay (PT-DF).

No fim de semana após sua morte, a vereadora carioca foi alvo de notícias falsas compartilhadas pelo deputado Alberto Fraga (DEM-DF) e pela desembargadora Marília Castro Neves. Enquanto a magistrada enfrenta um inquérito aberto no Conselho Nacional de Justiça, o parlamentar do DF é alvo de uma representação no Conselho de Ética da Câmara e no Ministério Público Federal (MPF).

O crime
Marielle Franco foi morta em um ataque a tiros no centro do Rio no último dia 14. Nove cápsulas de arma de fogo foram recolhidas no local do crime. No mínimo, três projéteis atingiram a cabeça da parlamentar e um, o pescoço – a suspeita de execução é investigada. O motorista Anderson Pedro Gomes, que dirigia o carro usado para transportar Marielle, também morreu baleado. Ele levou pelo menos três tiros nas costas.

Compartilhar notícia

Quais assuntos você deseja receber?

sino

Parece que seu browser não está permitindo notificações. Siga os passos a baixo para habilitá-las:

1.

sino

Mais opções no Google Chrome

2.

sino

Configurações

3.

Configurações do site

4.

sino

Notificações

5.

sino

Os sites podem pedir para enviar notificações

metropoles.comNotícias Gerais

Você quer ficar por dentro das notícias mais importantes e receber notificações em tempo real?