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Bolsonaro questiona fechamento de comércio em Niterói: “Pra quê?”

A apoiadores, presidente citou consequências negativas para população que está sem trabalho fazendo isolamento em casa

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Apoiadores do presidente Bolsonaro se aglomeram em frente ao palácio da Alvorada no dia do aniversário do chefe do executivo. Cerca de 500 manifestantes cantaram parabéns em frente ao espelho d’água e trouxeram um bolo para comemorar junto com o presidente
1 de 1 Apoiadores do presidente Bolsonaro se aglomeram em frente ao palácio da Alvorada no dia do aniversário do chefe do executivo. Cerca de 500 manifestantes cantaram parabéns em frente ao espelho d’água e trouxeram um bolo para comemorar junto com o presidente - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) questionou, nesta terça-feira (23/3), as novas medidas restritivas adotadas em Niterói (RJ) para conter o avanço do novo coronavírus. Os prefeitos do Rio, Eduardo Paes (DEM), e de Niterói, Axel Grael (PDT), seguiram as recomendações dos comitês científicos dos dois municípios e decidiram deixar apenas os serviços essenciais funcionando.

Com a nova decisão, bares, restaurantes, shoppings, universidades, escolas, creches públicas e particulares deverão estar fechados até, em princípio, o dia 4 de abril. As medidas entram em vigor na sexta-feira (26/3).

“Fecharam tudo em Niterói ontem? Fecharam pra quê?”, questionou Bolsonaro a apoiadores na saída do Palácio da Alvorada.

A fala do presidente foi em resposta a um apoiador que disse ser da cidade e afirmou que estão “dificultando um pouco mais as coisas”.

Citando uma reportagem do Jornal da Record sobre o aumento da fome, Bolsonaro abordou consequências econômicas negativas para quem está em casa fazendo isolamento social. Desde o início da pandemia, o chefe do Executivo federal é crítico de medidas de restrição de circulação.

“Tem uma matéria, acho que é Record, de ontem à noite. Quero parabenizar, né? Cinco minutos mostrando quem está em casa, o que está acontecendo. O pessoal mais pobre, né?”

Off label

O mandatário também voltou a afirmar que a prescrição de medicamentos sem eficácia comprovada no tratamento da Covid-19 foi criminalizada no Brasil. Ele defende que é um direito do médico prescrever fármacos desenvolvidos para outras doenças no tratamento da Covid.

“Por que criminalizam o off label? Você não pode falar nada”, queixou-se.

A conversa de Bolsonaro com apoiadores foi divulgada por um canal no YouTube simpático ao presidente.

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