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Bolsonaro diz que “poderio ditatorial” tem favorecido a esquerda

Presidente também reclamou da desmonetização de páginas da direita que defendem “a família e os bons costumes”

atualizado

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Fábio Vieira/Metrópoles
O presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido), durante discurso para apoiadores na manifestação contra o STF na Avenida Paulista 4
1 de 1 O presidente Jair Bolsonaro (Sem Partido), durante discurso para apoiadores na manifestação contra o STF na Avenida Paulista 4 - Foto: Fábio Vieira/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (PL) disse nesta segunda-feira (17/1) que o “poderio ditatorial de controlar as pessoas” tem crescido no país. Ele se queixou de medidas adotadas pelo Poder Judiciário contra bolsonaristas.

“Nós temos assistido à derrubada de páginas no Facebook, à desmonetização de outras, mas só de gente do nosso lado, gente que defende a família, defende os bons costumes, que quer briga por liberdade. Agora, o outro lado não. Então, é um cerceamento muito forte contra a gente”,  afirmou Bolsonaro em entrevista à Rádio Viva FM de Vitória (ES).

“Esta sanha, esse poderio ditatorial de controlar as pessoas tem crescido e a esquerda tem ganhado muito com isso, em detrimento das opiniões da direita”, prosseguiu ele.

Bolsonaro anunciou que pretende conversar com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sobre uma medida provisória (MP) que dificultaria a ação das redes sociais para apagar conteúdos. Editada às vésperas dos atos de 7 de Setembro, a MP foi devolvida assim que recebida pelo Congresso.

Em seguida, Bolsonaro voltou a afirmar que falas que excedam o direito à liberdade de expressão sejam punidas sem prisão.

“Nós queremos é simplesmente cumprir o que determina a nossa Constituição: liberdade total. E se alguém falar demais, ele responde por calúnia, difamação ou injúria, nunca com prisão.”

Bolsonaro tem se queixado de medidas judiciais adotadas contra aliados. Em 2021, o deputado federal Daniel Silveira (PSL-RJ)  foi preso após divulgar um vídeo com ataques aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) e fazer apologia ao Ato Institucional n° 5, o mais duro da ditadura militar.

O chefe do Executivo também tem criticado o caso do ex-deputado estadual do Paraná, Fernando Francischini (PSL) que, no dia 28 de outubro, teve o mandato cassado por fake news. A decisão foi do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Na ocasião, o mandatário classificou o caso de Francischini como um “estupro”.

As declarações são parte das críticas ao Judiciário, que, para Bolsonaro, pratica atos arbitrários contra a liberdade de expressão de figuras aliadas a ele.

Na semana passada, o presidente disse que não vai admitir um eventual banimento das redes sociais durante a campanha eleitoral de 2022, quando deve perseguir a reeleição. Na visão dele, uma ação nesse sentido seria “jogo baixo” e representaria “jogar fora das quatro linhas” da Constituição.

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