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Bolsonaro diz que não deseja cadeira da Presidência “nem para amigos”

Declaração ocorreu após apoiadora dizer que torce para que, em 2026, Eduardo Bolsonaro, filho do presidente, será chefe do Executivo do país

atualizado

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Igo Estrela/Metrópoles
Presidente Bolsonaro chega ao palácio da Alvorada e cumprimenta apoiadores sem máscara. Os seguranças que o acompanham também não utilizam o equipamento de proteção.
1 de 1 Presidente Bolsonaro chega ao palácio da Alvorada e cumprimenta apoiadores sem máscara. Os seguranças que o acompanham também não utilizam o equipamento de proteção. - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou nesta segunda-feira (22/3) que não deseja a cadeira da Presidência da República “nem para seus amigos”.

A declaração foi feita a apoiadores, no Palácio da Alvorada, após uma simpatizante dizer que está na torcida para que, em 2026, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), um dos filhos do presidente, seja o próximo presidente. A fala foi publicada por um site simpático a Bolsonaro.

“Bolsonaro, o próximo [presidente] de 2026 vai se chamar Eduardo Bolsonaro. Estamos na torcida”, disse uma apoiadora.

Bolsonaro, então, respondeu aos risos: “Olha, eu não desejo essa cadeira para amigos meus, não, tá?”.

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Pleito de 2022

Apesar de não ter declarado, explicitamente, que irá disputar a reeleição, o presidente Jair Bolsonaro já articula candidatura para as eleições de 2022.

Mesmo que o pleito esteja distante, as eleições do próximo ano já estão na pauta diária do Palácio do Planalto há, pelo menos, oito meses.

Bolsonaro, inclusive, busca reverter sua popularidade após desgastes como a demora na renovação do auxílio emergencial e na aquisição de vacinas contra a Covid-19.

Recentemente, o presidente tem defendido a “política da vacinação em massa”. O tom é diferente do adotado no ano passado, quando Bolsonaro argumentou que quem viesse a ser imunizado com a vacina da Pfizer poderia virar “jacaré”, se referindo a uma condição contratual que a empresa dos Estados Unidos estabelece para não se responsabilizar por eventuais efeitos colaterais após aplicação do imunizante. A prática é comum nas vacinações tradicionais.

Discurso mais ameno

O discurso atual do chefe do Executivo segue crítico – com ataques a governadores que adotam medidas mais restritivas e em defesa de medicamentos sem eficácia contra a Covid-19, por exemplo –, mas está mais ameno quando o assunto é imunização.

A mudança foi sugerida por auxiliares após o bunker digital do Planalto ter identificado uma queda no engajamento de apoiadores nas redes diante da postura contra a vacina, além de uma diminuição da popularidade do presidente.

Além disso, o discurso precisou ser reajustado após críticas do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao governo sobre a forma como a pandemia vem sendo conduzida no país. No início do mês, o petista teve suas condenações na Lava Jato anuladas. Pela decisão do ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), Lula recuperou os direitos políticos e voltou a ser elegível. 

O petista recebeu a primeira dose da vacina no último fim de semana, em São Bernardo do Campo, na região do ABC Paulista.

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