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Bolsonaro diz que faria “sacrifício” de deixar cargo a pedido do povo

Em discurso no comando do Exército, Bolsonaro disse que a população é quem manda no país e por isso ele sacrificaria o cargo de presidente

atualizado

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Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles
Diplomação do presidente da República eleito Jair Bolsonaro – Brasília(DF), 10/12/2018
1 de 1 Diplomação do presidente da República eleito Jair Bolsonaro – Brasília(DF), 10/12/2018 - Foto: Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), disse, nesta quarta-feira (03/07/2019), que deixaria o cargo caso fosse demandado pela população. “O nosso Brasil é um país que não só tem tudo para dar certo, é um país que vai dar certo. A política mudou. Se eu jurei um dia dar a vida pela minha pátria, como vocês, o que seria um sacrifício do mandato pelo bem de todos nós?”, questionou.

“Não existe orgulho e satisfação maior do que chegar à função que tenho no momento. Devo isso a vocês, povo brasileiro. A vocês, que são muito mais importantes que qualquer instituição nacional. Vocês é quem conduzem o nosso destino. E a vocês, povo brasileiro, somente a vocês, eu devo lealdade absoluta”, continuou.

O depoimento foi dado durante cerimônia de troca de Comando do Sudeste, em que o novo ministro da Secretaria do Governo (Segov), general Ramos, deixou oficialmente o cargo de chefe para assumir o cargo no executivo a partir desta quinta-feira (04/07/2019).

“Nós queremos, juntos, colocar o Brasil no lugar de destaque que merece. E conto, a partir de amanhã, em uma escala mais elevada, com reforço de um grande amigo, que mora em meu coração há 46 anos”, disse Bolsonaro ao novo ministro, que toma posse nesta quinta-feira (04/07/2019).

Ele afirmou ainda que Ramos terá uma das tarefas mais importantes do governo, que é a de articulação política com o Legislativo. “O senhor terá um dos ministérios mais importantes, que faz a articulação com nosso Parlamento. Tenho certeza que, com sua presença, pelo seu passado de assessor parlamentar, principalmente, ajudaremos muito a resgatar a credibilidade de nossas instituições”, pontuou.

Em sua fala, o presidente agradeceu aos parlamentares que têm trabalhado junto ao Executivo para aprovação de projetos do governo. “Obrigada, parlamentares, deputados e senadores, que entendem, assim como o Executivo, que a nossa união é a chave do sucesso do nosso Brasil”, completou.

Novo comando da Segov
“Soldado não escolhe missão, eu nunca escolhi”, disse o novo ministro, general Ramos, em seu discurso. A troca da chefia ocorreu em cerimônia oficial direto do comando, em São Paulo, com a participação do presidente Jair Bolsonaro (PSL) e do vice-presidente, Hamilton Mourão (PRTB).

“Sinto dor no peito por deixar a farda que ficará impregnada até minha medula. Sou combatente, assim minha alma foi forjada”, continuou Ramos. Em sua fala, ele exaltou a ligação de Bolsonaro com as Forças Armadas e relembrou momentos do presidente enquanto soldado, como quando foi paraquedista do Exército brasileiro. “Estou pronto para o serviço e para missão imposta pelo senhor”, disse ao chefe do Executivo.

Ramos seguirá a Brasilia ainda nesta terça-feira (03/07/2019) e assumirá o cargo a partir desta quinta (04/07/2019). “Não tem nem folga, né, presidente?”, brincou. Em seu lugar, assume o posto o general Marcos Antonio Amado do Santos, que foi segurança da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) por cinco anos, enquanto membro do Gabinete de Segurança institucional (GSI). O general acompanhava a petista em seus passeios matutinos de bicicleta no Palácio da Alvorada.

Alguns ministros do governo também viajaram a São Paulo para homenagear a saída do recém-indicado ministro da Segov. Entre eles, o chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, e o ministro do GSI, general Augusto Heleno.

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