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“Presidente odeia o povo do Nordeste”, diz Rui Costa, governador da BA

Por meio do Twitter, Bolsonaro reclamou que o chefe do Executivo da Bahia não autorizou a segurança da PM. Costa rebateu: “Ainda precisa?”

atualizado

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1 de 1 rui costa - Foto: Divulgação

O governador da Bahia, Rui Costa (PT), comentou nesta terça-feira (23/07/2019) a reclamação do presidente Jair Bolsonaro de que ele não teria autorizado a presença da Polícia Militar para fazer a segurança da inauguração do Aeroporto Glauber Rocha, evento que contará com a presença de Jair Bolsonaro (PSL), em Vitória da Conquista, no interior do estado.

“Se o Governo Federal fechou o aeroporto e excluiu o povo, colocando o Exército lá dentro, para que ainda precisa da PM? No gabinete, conversei com Levi Vasconcelos, na BandNews FM, sobre a nova falsa polêmica que estão tentando criar sobre a presença da polícia no evento em Conquista”, disse o governador por meio de sua conta no Twitter, em resposta à reclamação do presidente de que o governo da Bahia não teria autorizado a PM fazer sua segurança.


Bolsonaro segue, neste momento, viagem para a cidade baiana onde participará da inauguração do aeroporto. O governador disse ainda, em entrevista à Rádio Metrópole, que lamenta a postura do presidente Jair Bolsonaro (PSL), que em sua opinião, tem “ódio pelo nordestino e ódio pelo povo baiano“. O governador explicou seu posicionamento de não comparecer à inauguração do Aeroporto Glauber Rocha, em Vitória da Conquista, no interior do estado.

“Infelizmente temos um presidente que odeia o povo do Nordeste, odeia o povo baiano”, disse o petista.

Segundo Costa, a obra foi tocada pelo governo da Bahia e quem estava organizando o evento era ele. No entanto, na última sexta-feira (19/07/2019), o cerimonial da Presidência da República o avisou, segundo ele “de forma rude”, que se tratava de um evento federal, que seria fechado, para 300 convidados e que o governo estadual teria direito a apenas 70 credenciais.

“Quem convidou fui eu por se tratar de uma obra estadual”, reclamou o governador. Rui Costa disse, ainda, que seria um evento aberto para a população e que o cerimonial federal transformou a inauguração em um evento fechado, para 300 convidados.

“Na sexta-feira, chegou o cerimonial e de forma rude e grosseira disse que o evento era federal, que teria a presença do presidente, que ele não participa de evento aberto, que teria 300 cadeiras em um local fechado e que o governo teria 70 credenciais”, contou o governador.

O aviso de que não participaria mais da inauguração foi feito pelo governador na tarde de segunda-feira. Em vídeo postado no Twitter, o petista alegou que o governo federal quer fazer “uma inauguração restrita a poucas pessoas, escolhidas a dedo, como se fosse uma convenção político-partidária”. O governador também criticou “agressões ao povo do Nordeste e ao povo da Bahia”.

“Exercitando a boa educação que aprendi, convidei o governo federal a se fazer presente no ato de inauguração, nesta grande festa. Infelizmente, confundiram a boa educação com covardia, e, desde então, temos presenciado agressões ao povo do Nordeste e ao povo da Bahia. A medida anunciada é excluir o povo da inauguração, fazer uma inauguração restrita a poucas pessoas, escolhidas a dedo, como se fosse uma convenção político-partidária. Não posso concordar com isso. Por isso, não vou comparecer à inauguração do aeroporto que o povo da Bahia construiu, que o governo do estado construiu”, disse o governador no vídeo divulgado por sua assessoria.

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