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Educação: entenda o que levou a “balbúrdia” às ruas de todo o país

Ministro Weintraub havia dito que cortaria verbas de universidades federais que promovessem “bagunça” ou ou “evento ridículo”

atualizado

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NILTON FUKUDA/ESTADÃO CONTEÚDO
Educação – manifestações em SP
1 de 1 Educação – manifestações em SP - Foto: NILTON FUKUDA/ESTADÃO CONTEÚDO

As ruas do país foram tomadas nesta quarta-feira (15/05/2019) por estudantes e manifestantes contrários ao bloqueio de recursos no orçamento da educação. Diversas faixas usavam a palavra “balbúrdia” para protestar contra o governo. “Balbúrdia é cortar o dinheiro da educação”, dizia faixa em São Paulo. “Balbúrdia é teu governo”, dizia cartaz no protesto em Salvador. Em Vitória, estudantes promoveram a “Mostra Balbúrdia Universitária”. As informações são do Estadão.

Os manifestantes faziam referência à declaração do ministro Abraham Weintraub de que universidades federais que promovessem “bagunça” ou “evento ridículo” teriam até 30% de seus recursos bloqueados.

“Universidades que, em vez de procurar melhorar o desempenho acadêmico, estiverem fazendo balbúrdia, terão verbas reduzidas”, disse Weintraub.

De acordo com o ministro, a Universidade de Brasília (UnB), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal da Bahia (UFBA) já haviam sido alvo de cortes e outras poderiam sofrer com o bloqueio se adotassem o mesmo comportamento. Na ocasião, ele deu exemplos do que considerava “bagunça”: “Sem-terra dentro do campus, gente pelada dentro do campus”.

Diante da repercussão negativa das declarações do ministro, o MEC recuou da decisão de penalizar somente algumas universidades que promovessem “bagunça” e afirmou que o mesmo contingenciamento planejado seria estendido a todas as universidades federais do país.

O bloqueio, de acordo com o ministério, seria preventivo e necessário diante do contingenciamento de recursos estabelecido pelo governo e que atingiu toda a Esplanada.

A decisão de bloquear 30% das verbas discricionárias de todas as universidades aumentou a contrariedade de reitores e estudantes, insatisfeitos com a postura do governo.

O presidente Jair Bolsonaro (PSL) havia dito pelo Twitter dias antes do anúncio de corte de verbas “por balbúrdia” que o governo iria “descentralizar” recursos para áreas de humanas, como filosofia e sociologia, em universidades. Segundo ele, a ideia partira de Weintraub e o objetivo era “focar em áreas que gerem retorno imediato ao contribuinte”, como Veterinária, Engenharia e Medicina.

“Idiotas úteis”
Enquanto a mobilização dos estudantes tomava as ruas do Brasil, com passeatas em diversas capitais, o presidente Bolsonaro comentava o dia de manifestações de Dallas, no Texas, onde desembarcou para receber uma homenagem de empresários e promover encontros.

Ele chamou os manifestantes de “idiotas úteis” e “massa de manobra” e afirmou que a maioria dos que saíram às ruas é “militante”.

“Se você perguntar a fórmula da água, não sabe, não sabe nada. São uns idiotas úteis que estão sendo usados como massa de manobra de uma minoria espertalhona que compõe o núcleo das universidades federais”, afirmou Bolsonaro.

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