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Crise no PSL: operação da PF contra Bivar repercute na sigla

Mandados de busca e apreensão foram cumpridos em endereços ligados ao dirigente nacional do partido

atualizado

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Divulgação/ADVBPE
Luciano Bivar
1 de 1 Luciano Bivar - Foto: Divulgação/ADVBPE

A operação da Polícia Federal deflagrada na manhã desta terça-feira (15/10/2019) e que tem como alvo o presidente do PSL, Luciano Bivar (PE), repercutiu entre integrantes da legenda. Foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão expedidos pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Pernambuco em endereços ligados ao deputado federal.

O inquérito policial foi instaurado para apurar a possível prática de crimes eleitorais e associação criminosa. De acordo com as investigações, representantes locais da sigla teriam ocultado, disfarçado e omitido movimentações de recursos financeiros oriundos do fundo partidário, especialmente os destinados às candidaturas de mulheres.

O deputado Bibo Nunes (RS) disse ter reagido com naturalidade à operação. “Já esperava isso. O comportamento dele [Luciano Bivar] só podia resultar nisso”, pontuou. “Essa operação vai agravar ainda mais a crise no PSL e os que acompanham o Bivar. Nós, que estamos ao lado de [Jair] Bolsonaro, estamos fortalecidos”, avaliou.

Na semana passada, um grupo de 20 parlamentares do PSL, entre eles Bibo Nunes, divulgou uma carta de apoio ao presidente Jair Bolsonaro (PSL) e contra Bivar.

“Eles [deputados do PSL] estão em pânico e muito arrependidos por estarem daquele lado”, acrescentou o deputado em referência aos colegas de partido que não participaram da ação.

Questionado sobre a situação do ministro Marcelo Álvaro Antônio, Bibo Nunes minimizou. Eleito deputado federal com mais de 230 mil votos, o titular do Turismo teve o nome envolvido no escândalo em torno de candidaturas laranjas. Ele se mantém no cargo mesmo após ter sido indiciado pela Polícia Federal e denunciado pelo Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) por falsidade ideológica eleitoral, apropriação indébita de recurso eleitoral e associação criminosa.

“Se ele estiver com problemas, será retirado do cargo. Agora, considero mais grave o caso do Bivar”, frisou.

Já o deputado federal Nelson Barbudo (MT) relatou ter sido pego de surpresa com a ação da PF. “Vi agora e, portanto, não quero opinar. Várias coisas estão acontecendo entre o céu e a terra, com operações da polícia contra setores da política. Essas operações são pertinentes. Quem deve tem de pagar, mas quem não deve não tem que pagar”, salientou.

Crise no PSL
A operação ocorre em meio à crise entre o PSL e o presidente da República, que ameaça deixar a legenda por desavenças sobre o fundo partidário e o controle do partido. Nessa segunda-feira (14/10/2019), o chefe do Executivo nacional se reuniu com os advogados Admar Gonzaga e Karina Kufa, que auxiliam na busca de soluções para Bolsonaro e grupo de apoiadores dentro da sigla.

Ao ser indagado a respeito do encontro, o mandatário do país se limitou a responder: “Problema particular”. Na semana passada, os próprios defensores informaram que representam o presidente no embate contra o partido. Karina Kufa, antes de assumir o lado de Bolsonaro, advogava para o PSL e acabou demitida pela legenda.

A aliados, Luciano Bivar justificou a demissão alegando ter havido “quebra de confiança” na advogada eleitoral. A crise com o PSL teve início com declarações de Bolsonaro feitas a um apoiador em conversa na porta do Palácio da Alvorada. O titular do Planalto disse ao admirador para “esquecer o PSL” e não divulgar vídeo sobre dirigente do partido porque ele estaria “queimado”.

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