Policiais envolvidos no caso da câmara de gás em viatura são presos
Os três acusados foram encaminhados ao Presídio Militar do Estado de Sergipe no final da tarde desta sexta-feira (14/10)
atualizado
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Os policiais rodoviários federais acusados de participarem da ação que resultou na morte de Genivaldo de Jesus Santos foram presos nesta sexta-feira (14/10).
William de Barros Noia, Kleber Nascimento Freitas e Paulo Rodolpho Lima Nascimento deram entrada no Presídio Militar do Estado de Sergipe no final da tarde.
Na segunda-feira (10/10), o Ministério Público Federal de Sergipe denunciou os três acusados com base no inquérito da PF, que indiciou os agentes por abuso de autoridade e homicídio qualificado (com asfixia e sem possibilitar meios de defesa). No documento, o MPF também pede que o caso tramite sem sigilo.
A Justiça Federal do estado decretou a prisão preventiva dos três agentes na quinta-feira (13/10). O juiz Rafael Soares Souza proferiu a decisão após a representação do órgão.
Os acusados passaram por exame de corpo de delito e audiência de custódia e, de lá, foram encaminhados à unidade prisional.

Genivaldo tinha 38 anos e sofria de esquizofrenia Arquivo Pessoal

Paulo Rodolpho Lima Nascimento, policial envolvido na abordagem Reprodução

William de Barros Noia Reprodução

Genivaldo foi morto por policiais em uma "câmara de gás" improvisada Reprodução
Genivaldo morreu durante uma abordagem de policiais rodoviários federais na BR-101, em Umbaúba (SE), no dia 25 de maio deste ano, depois de ter sido trancado no porta-malas de uma viatura da Polícia Rodoviária Federal e submetido à inalação de gás lacrimogêneo.
A certidão de óbito entregue pelo IML à família no dia seguinte à morte apontou asfixia e insuficiência respiratória. Segundo o boletim de ocorrência, o homem foi abordado por estar sem capacete conduzindo uma motocicleta.