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Para não vazar, delegado recebeu em mãos mandados contra ex-vereador

Preso acusado de contratar acusado de morte de Marielle para matar rival, Cristiano Girão Matias é investigado ainda por morte da vereadora

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Polícia Civil do Rio prende, em São Paulo, o ex-vereador Cristiano Girão
1 de 1 Polícia Civil do Rio prende, em São Paulo, o ex-vereador Cristiano Girão - Foto: Reprodução

Rio de Janeiro – A ação que resultou na prisão do ex-vereador Cristiano Girão Matias, de 49 anos, foi cercada de cuidados. Apontado como chefe da milícia da Gardênia Azul, zona oeste, e com influência na política, o Ministério Público pediu à Justiça para entregar diretamente nas mãos do delegado os mandados de prisão e busca apreensão.

Outro alvo foi o PM reformado Ronnie Lessa, preso acusado de ser o executor dos assassinatos da vereadora Marielle Franco (PSol) e do motorista Anderson Gomes, em 2018.  Nesses crimes, pela aliança com Lessa, Girão também passou a ser investigado. A polícia investiga se há sete anos, Girão contra Lessa para matar rivais.

Girão foi preso pelo delegado Edson Henrique Damasceno, em São Paulo, sexta-feira (30/7),  acusado de ter contratado Lessa para matar o rival André Henrique da Silva Souza, o Zóio, na Gardênia Azul, zona oeste, em 2014.  Na ação morreu ainda a namorada da vítima Juliana Sales de Oliveira.

Girão e Zóio disputavam taxas e alugueis cobradas a moradores na Gardênia Azul. Girão foi citado na CPI das Milícias de 2008, comandada pelo então deputado estadual Marcelo Freixo, à época do PSol, e atualmente no PSB. Assessora de Freixo na ocasião, ela ouvia as vítimas dos milicianos.

Girão ainda é citado por testemunhas como suspeito de envolvimento nas  mortes dos PMs Cristiano Machado Rangel, em 2014, e Renato Alves da Conceição, em 2015, ambos aliados de Zóio. Para impedir um “golpe de estado” nos negócios o ex-vereador, contraria matadores, como Lessa.

Em março de 2019, quando Lessa foi preso em casa na Barra da Tijuca, zona oeste, a polícia apreendeu anotações com o nome de Girão, endereços e telefones. Com a prisão de Girão e cumprimento de busca e apreensão em 14 endereços no Rio e São Paulo, a polícia espera encontrar novas provas sobre o caso Marielle.

Na investigação das mortes de  Zóio e a namorada, a polícia mapeou que Girão ainda era consultado sobre candidatos políticos na Gardênia Azul. No mundo político, Girão se elegeu vereador em 2008 pelo Partido da Mobilização Nacional (PMN) para um mandato que duraria pouco.

No ano seguinte, foi condenado e preso por formação de quadrilha e lavagem de dinheiro por envolvimento com a milícia da Gardênia Azul. Perdeu o cargo de vereador por faltar as sessões. Acabou solto em 2017.

Por ser bombeiro reformado, Girão foi levado Cadeia Pública Joaquim Ferreira de Souza, no Complexo de Gericinó, zona oeste. Procurada, a defesa de Lessa alegou que só vai se manifestar depois de ter acesso ao processo.  O Metrópoles ainda não conseguiu contato a defesa de Girão, o espaço continua aberto.

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