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OAB identifica 15 dos suspeitos mortos no Jacarezinho. Veja lista

Ainda não foram realizados os exames periciais e o reconhecimento oficial dos corpos, que deve ser feito pela Polícia Civil

atualizado

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Aline Massuca/ Metrdópoles
Moradores fazem protestgo no dia seguinte da operação que deixou 25 mortos
1 de 1 Moradores fazem protestgo no dia seguinte da operação que deixou 25 mortos - Foto: Aline Massuca/ Metrdópoles

Rio de Janeiro – Pelo menos 15 dos 24 suspeitos mortos na comunidade do Jacarezinho durante operação da Polícia Civil foram identificados pela Comissão de Direitos Humanos da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).  A ação realizada na quinta-feira (6/5) deixou 25 mortos – entre eles, o policial civil André Frias, de 48 anos.

A OAB acompanha, nesta sexta-feira (7), a liberação dos corpos das vítimas. A identificação, no entanto, ainda não é oficial. Até as 11h, os exames periciais nos corpos não tinham sido iniciados no Instituto Médico-Legal.

Na lista da OAB, com os nomes das 15 pessoas identificadas, estão um jovem de 18 anos e outro de 19. Todos eram homens, e dez deles tinham entre 18 e 30 anos. Os nomes ainda precisam ser validados pela Polícia Civil junto ao órgão de identificação civil.

Veja quem são as vítimas identificadas pela OAB:

Raíl Barreto de Araujo, 19 anos
Romulo Oliveira Lucio, 20 anos
Mauricio Ferreira da Silva, 27 anos
Jhonatan Araujo da Silva, 18 anos
John Jefferson Mendes Rufino da Silva, 30 anos
Wagner Luis de Magalhães Fagundes, 38 anos
Richard Gabriel da Silva Ferreira, 23 anos
Marcio da Silva, 43 anos
Francisco Fabio Dias Araujo Chaves, 25 anos
Toni da Conceição, 30 anos
Isaac Pinheiro de Oliveira, 22 anos
Cleiton da Silva de Freitas Lima, 27 anos
Marcio Manoel da Silva, 31 anos
Jorge Jonas do Carmo, 31 anos
Carlos Ivan Avelino da Costa Júnior, 32 anos

 

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A comissão está recebendo vários materiais, como o relato de parentes de mortos e vídeos. A OAB pretende ainda recorrer a organizações internacionais contra o estado do Rio.

Além desses nomes, a família de Natan Oliveira de Almeida, de 21 anos, também o identificou como uma das vítimas da operação.

Em nota, a OAB destacou que “operações de enfrentamento ao crime organizado são necessárias, mas devem ser feitas com inteligência e planejamento. Salientamos que o norte permanente da atuação das forças de segurança deve ser a preservação de vidas, inclusive dos próprios policiais”.

A entidade continua: “Independentemente das circunstâncias, as forças de segurança devem cumprir suas funções respeitando o universo de direitos e garantias fundamentais previsto na Constituição Federal. Nunca será aceitável que um braço do Estado opere acima das leis”.

A direção do Hospital Municipal Souza Aguiar informou que, dos 20 corpos que chegaram à unidade, 13 ainda estão aguardando remoção para o IML, que vai avaliar os tipos de lesão e confirmar a identificação de cada um. O pedido de remoção é emitido pela Polícia Civil e a retirada do corpo é feita pela Defesa Civil.

Polícia explica ação

Em nota, a Polícia Civil informou que a ação, coordenada pela Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCA), foi resultado de investigação contra a organização criminosa que atua na comunidade.

O grupo é investigado pelo aliciamento de crianças e adolescentes para integrar a facção que domina o território, explorando os menores para práticas ilícitas, como o tráfico de drogas, roubo de cargas, assaltos a transeuntes, homicídios e sequestros de trens da Supervia, dentre outros crimes.

O confronto interrompeu a circulação dos transportes públicos na região, além de ter provocado o fechamento de escolas e de unidades de saúde, suspendendo, entre outros serviços, a vacinação contra a Covid-19.

Desde junho do ano passado, o Supremo Tribunal Federal (STF) suspendeu operações em favelas durante a pandemia. A decisão permite ações apenas em “hipóteses absolutamente excepcionais”, após comunicação e justificativa ao Ministério Público.

A Polícia Civil disse ter agido legalmente, dentro dos protocolos estabelecidos pelo STF. A operação policial do Jacarezinho foi a mais letal da história do Rio de Janeiro.

Documentos sobre a investigação da Polícia Civil que resultaram na Operação Exceptis foram apreendidos com criminosos do Jacarezinho. A identificação dos relatórios, com o timbre do Ministério Público do Rio, em poder dos suspeitos, indica, para a polícia, que houve vazamento dos planos operacionais da corporação. Metrópoles teve acesso, com exclusividade, ao material.

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