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“Não desconfiei”, diz sogra sobre crimes da “Gatinha da Cracolândia”

De acordo com Karina Pereira, mãe do namorado de Lorraine, jovem era reservada, meiga e carinhosa: “Dizia que me amava e me chamava de tia”

atualizado

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Lorraine Bauer Romeiro, a "gatinha da cracolândia", foi detida com drogas na calcinha e no sutiã
1 de 1 Lorraine Bauer Romeiro, a "gatinha da cracolândia", foi detida com drogas na calcinha e no sutiã - Foto: Reprodução

Rio de Janeiro – Lorraine Bauer Romeiro, de 19 anos, conhecida como a “Gatinha da Cracolândia“, cumpria prisão domiciliar quando foi novamente detida, há cinco dias, comandando, segundo a polícia, a quadrilha de venda de drogas numa das principais cenas de uso do Centro de São Paulo. O benefício foi concedido após a primeira detenção da jovem, há pouco mais de um mês.

Durante o período, ela passava boa parte do tempo com a família do namorado, André Luiz Santos de Almeida. Ela passava os dias em casa e saía para dormir, segundo dizia, na casa de uma prima. Na passagem pela residência, ela não levantou suspeitas da sogra, Karina Pereira, de 35 anos. Nem a própria sogra desconfiou das atividades criminosas.

Quando “Gatinha” foi presa, na semana passada, André também foi detido. De acordo com o UOL, André é filho único, evangélico, e foi criado com bastante sacrifício por sua família, com quem Lorraine deveria passar o tempo de restrição de liberdade em domicílio, concessão feita para que ela pudesse cuidar da filha de 1 ano. Ela, no entanto, enganou a Justiça e também a sogra.

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“Meiga”

Segundo a família de André, Lorraine era reservada, não falava muito e mexia no telefone o tempo todo até que, à noite, deixava o local com a criança, alegando que iria dormir na casa de uma prima. Mãe de André, a auxiliar de cozinha Karina Pereira, 35, pontua a diferença social entre as famílias e lamenta que o filho tenha feito escolhas erradas.

“Sempre dei carinho, atenção e puxão de orelha no meu filho quando preciso. O que muda é o status social. Ela [Lorraine] é uma menina meiga, inteligente e carinhosa. Dizia que me amava e me chamava de ‘tia’. Era de uma família bem estruturada. Mas o meu filho também tem família. E também foi bem educado. Trabalhei em várias profissões para garantir o sustento dele e não me envergonho. Mas, infelizmente, ele fez escolhas erradas e vai responder por isso”, desabafou Karina.

A sogra da jovem traficante alega nunca ter desconfiado das atividades criminosas nas quais estavam envolvidos o filho e a namorada. “Não desconfiei de nada. O meu filho sempre trabalhou, fazendo ‘bicos’ em obras ou entregando panfletos. O meu filho nunca foi marginal”, defende. A família de André Luiz conheceu pessoalmente a mãe de Lorraine após a prisão, quando ela foi ao local para buscar a neta. Foi citada como “pessoa distinta” e “de boa aparência”.

Carta pra mãe

Em carta escrita para a mãe, publicada pelo UOL, Lorraine pede que a mãe reconsidere a decisão de dispensar a advogada Ana Paula Muniz Soares  e reconhece os erros cometidos.

“Oi, mãe. Eu sei que nesse momento eu não posso decidir nem pedir nada pra você. Mas eu preciso da Ana (…). Ela está me confortando e me ajudando muito. Eu não posso te ver nem a [cita o nome da filha], então pelo menos preciso de alguém como ela. Te amo muito [emoji de coração]. Não esquece de mim”, diz Lorraine no texto à família.

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