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MP denuncia Camilo Cristófaro por injúria racial: “Negra safada”

Mulher acusa vereador de tê-la xingado de “negra safada” e “traficante” em 2020. Ele é investigado pela Polícia Civil por outra fala racista

atualizado

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Afonso Braga/Divulgação
Camilo Cristófaro, homem branco de cabelos grisalhos, terno escuro, camisa escura e gravata lilás, discursa em microfone posicionado em cima de bancada - Metrópoles
1 de 1 Camilo Cristófaro, homem branco de cabelos grisalhos, terno escuro, camisa escura e gravata lilás, discursa em microfone posicionado em cima de bancada - Metrópoles - Foto: Afonso Braga/Divulgação

São Paulo – O vereador de São Paulo Camilo Cristófaro (Avante) foi denunciado pelos crimes de injúria racial e ameaça pelo Ministério Público (MPSP) porque teria xingado uma auxiliar de enfermagem de “negra safada” e “traficante” em 2020.

A denúncia foi assinada pelo promotor Bruno Orsini Simonetti, que pede que ele seja condenado a indenizar a mulher e perca o cargo de vereador. Agora, caberá à Justiça definir se aceita a denúncia.

De acordo com boletim registrado na Polícia Civil em maio de 2020, Dilza trabalhava na Associação dos Recicladores do Parque do Gato, na região central da capital, quando foi abordada pelo vereador que proferiu xingamentos contra ela.

Ele queria desocupar o local no qual a associação ficava, e disse frases como “nega safada, que está roubando a comunidade no valor de R$ 4.000 por mês por pessoa”, “negra traficante, safada, bandida”.

Outros casos

No início de maio deste ano, Cristófaro fez outras falas racistas, desta vez durante sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Aplicativos na Câmara Municipal de São Paulo.

O político participava por videoconferência quando falou, sem saber que estava sendo ouvido por todos no plenário: “Ali não lava nem a calçada, é coisa de preto, né”. Não se sabe quem era o interlocutor do vereador. Ele é investigado pela Polícia Civil e pela Corregedoria da Câmara por este fato.

Antes disso, ele também já foi acusado de xingar uma vereadora e ter cometido racismo outras duas vezes, e havia sido alvo de 10 representações na Corregedoria desde 2017.

Em 2018, o vereador George Hato (MDB) pediu a cassação de Cristófaro, acusando-o de injúria racial, porque, em um vídeo, quando Cristófaro falou de Hato, fez um gesto de puxar os olhos com as mãos. Hato tem origem japonesa. “É um cara que faz assim, ó”, diz Camilo na gravação, ao realizar o gesto.

Na época, ao BuzzFeed News, Camilo descartou racismo: “Se puxar o olho é racismo, então o que que virou o mundo agora? É tudo preconceito, racismo”, falou.

Em 2019, foi o vereador Fernando Holiday (Novo) quem acusou Camilo de ofensa racial, após ter sido chamado de “macaco de auditório” no plenário da Câmara. A fala de Cristófaro foi: “Lamentavelmente o senhor Holiday usa as redes sociais, ele é o grande macaco de auditório das redes sociais, dando risada dessa Casa, explodindo as redes sociais, porque a população adora ver sangue, maldade e mentira”.

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