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Militares e evangélico não devem ser tratados como gado, diz Lula

Ex-presidente declarou que ainda não sabe se será candidato nas eleições de 2022, uma vez que é o único que “deve fazer mais do que já fez”

atualizado

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Lula
1 de 1 Lula - Foto: Divulgação

Em entrevista à Rádio Bandeirante nesta terça-feira (13/7), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva falou sobre as eleições de 2022 e criticou o governo Bolsonaro.

Lula disse que ainda não sabe se será candidato nas eleições de 2022. O petista afirmou que ainda pretende pensar pois, pela sua carreira política, o povo não aceitará erros em seu governo. “Eu tenho que saber que eu sou o único candidato que tem que fazer mais do que eu já fiz”, disse.

Ele declarou que ainda não decidiu quem ocupará o cargo de vice-presidente na chapa do PT. O petista, no entanto, ressaltou que vai procurar alguém que tenha afinidade política com ele e que “tenha a cabeça pensante na questão social”.

Lula também foi questionado sobre as principais bases de apoio do governo Bolsonaro, militares e evangélicos e como alcançará esses públicos, caso seja candidato.

“Nem militar nem evangélico tem que ser tratado como gado. Vamos fazer discurso pro cidadão. Trato evangélico com o mesmo respeito que trato católico e trato militar com respeito que trato o civil. Quem vai votar é o cidadão.”

Em relação à privatização da Petrobras, Lula afirmou que é um “total absurdo aumentar preço de gasolina, do gás” quando o Brasil é um país autossuficiente. “Importar gasolina dos EUA? Isso se chama submissão, complexo de vira-lata. A Petrobras não é dona do Brasil, é o Brasil que é dono da Petrobras.”

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“O Brasil não tem governo”

Questionado sobre o governo Bolsonaro, Lula teceu críticas ao presidente. “Eu nunca vi ninguém falar a quantidade de bobagem por minuto que esse presidente fala. […] Eu prefiro ficar ouvindo, e as pessoas sabem que se eu for candidato e se voltar à presidência, a seriedade e a harmonia vão voltar a prevalecer entre as relações institucionais”, disse.

Segundo Lula, o país está sendo governado pelo presidente da Câmara e pelo ministro da Fazenda, “que não têm projeto para o Brasil a não ser vender”.

Sobre as críticas de Bolsonaro ao voto eletrônico, Lula afirmou que a maior prova de que o método é seguro é que o PT está em primeiro ou em segundo lugar desde que as eleições começaram, em 1985.  “O que nós temos de histórico é que a única eleição roubada neste país foi a do Bolsonaro. Roubada com a sacada, roubada em não participar de nenhum debate, roubada com fake news.”

Diálogo com centrão

Ao falar sobre o diálogo político com o chamado centrão, grupo de partidos que atuam em conjunto na Câmara, sem viés ideológico e com interesses imediatos, o ex-presidente disse que orientou os petistas a tratarem partido por partido, ignorando a existência da articulação. “Tenho dito no PT, não trate o Centrão como centrão, converse individualmente com cada partido político que o resultado vai ser melhor”, disse Lula.

Para Lula, o Centrão nasceu na Constituinte de 1988 e sua função foi brecar conquistas da sociedade naquela momento. Hoje, os interesses são mais imediatos por vantagens políticas.

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