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Média móvel de mortes por Covid no Brasil é a maior já registrada

No total, o Brasil já perdeu 249.957 vidas para a doença e computou 10.324.463 casos de contaminação

atualizado

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Hugo Barreto/Metrópoles
Cemitério Nossa Senhora Aparecida, em Manaus (AM). Capital registra recorde atrás de recorde em número de sepultamentos
1 de 1 Cemitério Nossa Senhora Aparecida, em Manaus (AM). Capital registra recorde atrás de recorde em número de sepultamentos - Foto: Hugo Barreto/Metrópoles

No dia em que mais 3,2 milhões de doses de vacina contra a Covid-19 chegaram ao Brasil, a média móvel registrou 1.123 óbitos decorrentes da doença no país – o maior índice desde o início da pandemia. O quantitativo desta quarta-feira (24/2), em comparação com o verificado há 14 dias, sofreu acréscimo de 6,2%, o que representa estabilidade.

Devido ao tempo de incubação do novo coronavírus, adotou-se a recomendação de especialistas para que a média móvel do dia seja comparada à de duas semanas atrás. Variações na quantidade de mortes ou de casos de até 15%, para mais ou para menos, não são significativas em relação à evolução da pandemia. Já percentuais acima ou abaixo devem ser encarados como tendência de crescimento ou de queda.

Em números absolutos, o país registrou 1.428 óbitos em decorrência da Covid-19 e 66.588 novas infecções de coronavírus nas últimas 24 horas, segundo o mais recente balanço divulgado pelo Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass). No total, o Brasil já perdeu 249.957 vidas para a doença e computou 10.324.463 casos de contaminação.

Os cálculos são feitos pelo (M)Dados, núcleo de jornalismo de dados do Metrópoles, e se baseiam nos relatórios repassados pelo Ministério da Saúde. Essas informações também alimentam o painel interativo com notícias sobre a pandemia desde o primeiro caso da doença registrado no país.

Distribuição de doses pelo Brasil

O Ministério da Saúde divulgou, nesta quarta-feira (24/2), o quadro de distribuição das doses de vacina que chegaram ao Brasil durante a manhã.

De acordo com a pasta, todos os estados e o Distrito Federal começaram a receber 2 milhões de doses da vacina da AstraZeneca/Oxford e 1,2 milhão de unidades do imunizante Coronavac, do Instituto Butantan.

Diante da situação das redes de saúde do Norte do país, os estados dessa região receberão 5% do total de vacinas disponíveis, por meio de um fundo estratégico, para diminuir o aumento de óbitos no local. Desse recorte, a maior parte será entregue ao Amazonas (70%). Além disso, 20% serão enviados ao Pará e os outros 10% ficarão com o Acre.

O documento aponta que a distribuição será feita da seguinte maneira:

  • Região Norte: 93,2 mil doses do Instituto Butantan; 163,5 mil doses de Oxford/AstraZeneca;
  • Região Nordeste: 287 mil doses do Instituto Butantan; 482,5 mil doses de Oxford/AstraZeneca;
  • Região Sudeste: 557,8 mil doses do Instituto Butantan; 934,5 mil doses de Oxford/AstraZeneca;
  • Região Sul: 197,8 mil doses do Instituto Butantan; 297 mil doses de Oxford/AstraZeneca; e
  • Região Centro-Oeste: 64,8 mil doses do Instituto Butantan; 122,5 mil doses de Oxford/AstraZeneca.

Segundo o Ministério da Saúde, até o momento, 11,8 milhões de doses já foram distribuídas aos entes federativos.

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Ritmo da vacinação

O chefe da pasta da Saúde também afirmou que o país está muito acelerado na campanha de vacinação contra a Covid-19. Até o momento, segundo levantamento do Our World In Data, o Brasil já administrou 7,2 milhões de unidades do imunizante, a maior parte sendo a primeira aplicação. Com isso, a nação brasileira ocupa o sétimo lugar, em relação à quantidade de doses aplicadas em países como Estados Unidos, China e Israel.

“Nós hoje já estamos muito, muito acelerados na nossa vacinação em relação ao restante do mundo. E isso é muito importante. Isso demonstra que nós temos tradição em vacinar; o nosso povo aceita a vacinação como uma solução; nós temos uma estrutura de PNI há 30 anos, que aplica em torno de 300 milhões de doses/ano, todos os anos.”

Média móvel

Acompanhar o avanço da pandemia de Covid-19 com base em dados absolutos de morte ou de casos está longe do ideal. Isso porque eles podem apresentar variações diárias muito grandes, principalmente atrasos nos registros. Nos fins de semana, por exemplo, é comum perceber redução significativa dos números.

Para reduzir esse efeito e produzir uma visão mais fiel do cenário, a média móvel é amplamente utilizada ao redor do mundo. A taxa, então, representa a soma das mortes divulgadas em uma semana dividida por sete. O nome “móvel” é porque varia conforme o total de óbitos dos sete dias anteriores.

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