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“Preenche todos os requisitos”, diz Lewandowski sobre nome de Zanin

Advogado de Lula nos processos da Lava Jato, Cristiano Zanin foi indicado para a vaga do ministro aposentado Ricardo Lewandowski

atualizado

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Ricardo Lewandowski
1 de 1 Ricardo Lewandowski - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou, nesta quinta-feira (1º/6), a indicação do advogado Cristiano Zanin para integrar o Supremo Tribunal Federal (STF). Ele atuou na defesa do petista durante os processos da Operação Lava Jato.

Zanin foi indicado para ocupar a vaga deixada pelo ex-ministro Ricardo Lewandowski, que se aposentou do STF em abril. O membro aposentado da Corte celebrou a indicação do advogado à vaga.

“Cristiano Zanin é um experiente e combativo advogado, que preenche todos os requisitos constitucionais para ocupar uma vaga de ministro do Supremo Tribunal Federal. Será, com certeza, um magistrado competente e imparcial”, assegurou Lewandowski.

Os ministros do STF também comentaram a indicação de Zanin. Questionado sobre a indicação na entrada do plenário do STF, o ministro André Mendonça disse que Cristiano Zanin tem todos os critérios e requisitos para compor a Suprema Corte e desejou sorte ao advogado.

Já Gilmar Mendes avaliou a indicação como “positiva”. Nunes Marques, por sua vez, avalisou a indicação como “ótima”, mesma análise feita por Luiz Fux, seu colega de Corte. Roberto Barroso afirmou que, “da minha parte, será muito bem-vindo.”

Cabe aos senadores aprovar ou não o nome de um indicado para o Supremo. Zanin deverá passar por uma sabatina na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado. Se aprovado, os senadores votarão a indicação.

Quem é Cristiano Zanin

Com 47 anos, Cristiano Zanin é criminalista, professor e advogado que atua nas áreas de direito econômico, empresarial e societário. Advogado de Lula desde 2013, Zanin ganhou notoriedade pela defesa do agora presidente na Operação Lava Jato, ao lado de sua esposa, Valeska Teixeira Zanin Martins.

Foi autor do pedido de habeas corpus impetrado em 2021 no STF que resultou na anulação das condenações de Lula. Com a sentença, que reconheceu a incompetência e parcialidade do juiz Sergio Moro, o petista teve os direitos políticos restaurados e ficou apto a concorrer à Presidência da República em 2022.

Em setembro de 2020, Zanin foi alvo de mandado de busca e apreensão expedido pelo juiz Marcelo Bretas, responsável pelo braço fluminense da Lava Jato. A suspeita era que Zanin seria o líder de um esquema de fraudes no sistema S e na Fecomércio fluminenses. Na época, Zanin acusou Bretas de ser ligado ao então presidente, Jair Bolsonaro (PL), e alegou que a operação pretendia intimidá-lo.

Em 2023, três dias após os ataques antidemocráticos de 8 de janeiro, apoiadores de Bolsonaro ameaçaram de agressão e hostilizaram o advogado no banheiro do Aeroporto de Brasília. Um dos homens filmou a ação e publicou nas redes sociais. Posteriormente, ele foi identificado e indiciado por ameaça, injúria e incitação a crime. Além de defender Lula, Zanin atua como advogado da Americanas no litígio com o banco BTG Pactual, bem como no processo de recuperação judicial da Varig.

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