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Moraes bloqueia contas de empresários por atos antidemocráticos

Ministro do STF Alexandre de Moraes determinou 81 mandados de busca e de prisão, além do bloqueio de contas e da quebra de sigilo bancário

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Igo Estrela/Metrópoles
Presidente do TSE Alexandre de Moraes fala sobre as ações nas eleições 2022 no centro de divulgação das eleições CDE no Tribunal Superior Eleitoral TSE eleiçoes 2022 - Metrópoles
1 de 1 Presidente do TSE Alexandre de Moraes fala sobre as ações nas eleições 2022 no centro de divulgação das eleições CDE no Tribunal Superior Eleitoral TSE eleiçoes 2022 - Metrópoles - Foto: Igo Estrela/Metrópoles

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes (foto em destaque) determinou a quebra de sigilo bancário e o bloqueio de contas de dezenas de empresários bolsonaristas suspeitos de financiarem atos antidemocráticos.

A decisão ocorreu no âmbito da mesma ação que autorizou mais de 80 mandados de busca e apreensão e de prisão contra bolsonaristas.

As medidas são cumpridas em sete estados – Acre, Amazonas, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Santa Catarina –, além do Distrito Federal.

A operação tem sido vista como a maior já realizada contra financiadores de atos antidemocráticos.

Aviso

Na segunda-feira (12/12), Moraes, que também é presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), afirmou que os grupos que atacam a democracia e pretendem “subverter a ordem política” serão responsabilizados.

Durante a solenidade de diplomação de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Geraldo Alckmin (PSB), o ministro fez um discurso carregado de críticas a grupos antidemocráticos e disseminadores de desinformação, classificados pelo magistrado como “criminosos”.

O ministro classificou os grupos que tentaram lançar dúvidas sobre as eleições deste ano como “extremistas”. Ao longo de sua fala, o presidente do TSE afirmou que os “extremistas e criminosos” querem prejudicar a democracia por meio da disseminação de fake news.

Ataque

Ainda na segunda, manifestantes bolsonaristas tentaram invadir o prédio da Polícia Federal; entraram em confronto com agentes da força e da Polícia Militar; tacaram paus, pedras e placas; e colocaram fogo em carros e ônibus. Os criminosos alegavam que o ato era uma resposta à prisão de um indígena.

As ações transformaram o local em campo de guerra e deixaram um rastro de destruição por quilômetros. A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) informou que realiza inquérito para apurar a ação de um grupo criminoso que teria organizado, financiado e praticado atos de vandalismo que ocorreram após a tentativa de invasão da sede da PF.

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Devido ao ataque, Moraes assinou um ofício após o senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) encaminhar pedido de investigação e indiciamento da primeira-dama do país, Michelle Bolsonaro, argumentando que ela teria incentivado e patrocinado manifestações que questionam o resultado das eleições presidenciais.

Na decisão, o magistrado arquivou a queixa contra a primeira-dama e determinou outras apurações. Dessa forma, o ministro da Justiça, Anderson Torres, e o Governo do Distrito Federal têm até sexta-feira (16/12) para responderem quais medidas foram tomadas pelas forças de segurança de Brasília para coibir os atos de vandalismo provocados por manifestantes bolsonaristas.

No documento assinado nessa quarta-feira (14/12), Moraes ressalta que “foram oficiados o ministro da Justiça e Segurança Pública e o governador do DF para, no prazo de 48 horas, informarem as medidas adotadas pelas forças de segurança em relação aos fatos específicos ocorridos em 12/12/2022”.

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