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Interferência na PF: Moraes prorroga inquérito de Bolsonaro por 90 dias

O ministro do STF também prorrogou, pelo mesmo período, as investigações sobre suposta milícia digital envolvendo bolsonaristas

atualizado

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Daniel Ferreira/Metrópoles
Alexandre de Moraes
1 de 1 Alexandre de Moraes - Foto: Daniel Ferreira/Metrópoles

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu prorrogar, por mais 90 dias, o inquérito que apura suposta tentativa do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) em interferir na Polícia Federal e outro sobre uma suposta milícia digital que teria atuado contra a democracia e o Estado democrático de direito.

“Considerando a necessidade de prosseguimento das investigações e a existência de diligências em andamento, nos termos previstos no art. 10 do Código de Processo Penal, prorrogo por mais 90 (noventa) dias, a partir do encerramento do prazo final anterior (27 de outubro), o presente inquérito”, diz trecho do despacho.

Interferência na PF

Na semana passada, Moraes determinou o prazo  de 30 dias para a Polícia Federal ouvir o depoimento do presidente Jair Bolsonaro. A decisão ocorreu após Bolsonaro informar ao STF, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), que aceita realizar a oitiva de forma presencial.

O anúncio do depoimento foi feito momentos antes de o plenário do Supremo começar o julgamento sobre como Bolsonaro deveria ser ouvido no caso – presencialmente ou por escrito. Com a manifestação presidencial, o julgamento foi retirado da pauta.

O inquérito foi aberto no ano passado pelo STF, que atendeu a um pedido da Procuradoria Geral da República (PGR). De acordo com Moro, Bolsonaro tinha intuito de substituir a chefia da PF em benefício próprio.

Milícia digital

A PF apura indícios e provas que apontam para a existência de uma organização criminosa que teria agido com a finalidade de atentar contra o Estado democrático de direito e que se articularia em núcleos de produção, publicação, financiamento e político. Outra suspeita é de que esse grupo tenha sido abastecido com verba pública.

Uma das diligências pendentes é o depoimento do escritor Olavo de Carvalho. A PF quer apurar se há ligação do escritor com a suposta milícia digital. Os investigadores já ouviram blogueiros e youtubers que apoiam o governo do presidente Jair Bolsonaro.

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