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Gilmar Mendes lamenta “cogitações homicidas” após confissão de Janot

O ex-procurador relatou que foi armado ao STF com a intenção de matar o ministro e depois se suicidar, mas não conseguiu concluir o fato

atualizado

Michael Melo/Metrópoles

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), usou as redes sociais, nesta sexta-feira (27/09/2019), para lamentar a atitude do ex-procurador-geral da República Rodrigo Janot, que confessou ter ido à Corte com intuito de assassinar o magistrado e cometer suicídio, à época que chefiava a Procuradoria-geral da República (PGR).

“Lamento que o ex-chefe da PGR tenha sido capaz de cogitações homicidas por divergências na interpretação da Constituição”, declarou Gilmar Mendes.  E completou: “É difícil não imaginar os abusos cometidos ao acusar e processar investigados. Seguirei firme na defesa das liberdades individuais e do Estado de Direito”.

Entenda
Em entrevista ao Estado de S. Paulo, Janot revelou a intenção de matar o ministro do STF. “Cheguei no meu limite e fui armado”, revelou o ex-PGR. “A minha ideia era de que ia dar um tiro na cara dele e depois ia me suicidar, na antessala do Supremo”, detalhou. Ele explicou que os dedos da mão direita e esquerda tinham travado quando tentou puxar o gatilho e atirar em Gilmar. Por fim, contou que passou mal e saiu do lugar.

Mais cedo, Gilmar Mendes reagiu com indignação à revelação de que o ex-procurador-geral foi armado ao prédio da Corte com a intenção de matá-lo. Em nota enviada à imprensa, o ministro chamou a vontade revelada de “atitude tresloucada”. O ministro ainda afirmou que Janot deve procurar ajuda psiquiátrica.






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