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Filha do presidente do STJ detona procurador da Lava Jato: “Pirralho”

A advogada Anna Carolina Noronha, filha do ministro João Otávio Noronha, criticou Diogo Castor de Mattos após artigo sobre a operação

atualizado

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procurador diogo castor de mattos
1 de 1 procurador diogo castor de mattos - Foto: Reprodução/YouTube

A advogada Anna Carolina Noronha, filha do presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), João Otávio de Noronha, usou as redes sociais para defender o trabalho do pai. Ela fez uma postagem em sua conta no Instagram atacando o procurador da República Diogo Castor de Mattos, membro da força-tarefa da Lava Jato no Paraná, que criticou seu pai.

Anna Carolina chamou o procurador de “pirralho” e disse que ele deveria “deixar as fraldas”. O problema começou em 4 de março, quando Mattos e os procuradores Felipe D’Elia Camargo, Lyana Helena Joppert Kalluf Pereira e Raphael Santos Bueno publicaram um artigo no jornal Folha de Londrina.

No texto, os colegas criticaram Noronha: “não possuía currículo que pudesse classificá-lo como pessoa de ‘notável saber jurídico’, requisito constitucional para acesso aos cargos nos tribunais superiores. Formou-se na pequena Pouso Alegre/MG, jamais passou perto das cadeiras acadêmicas de mestrado e doutorado, exercendo por toda a vida o cargo de advogado do Banco do Brasil. Ao menos é isso que suas decisões fazem crer”, dizia o artigo.

A filha de Noronha, que é conselheira seccional da OAB-DF e presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Criança, Adolescente e Juventude, defendeu o pai em suas redes. “Antes de xingar Minas Gerais, seu pirralho, o sul de Minas e a faculdade de Direito de Pouso Alegre, volta pra casa, pra ver se sua mãe te ensina valores morais, éticos, e sobretudo, educação! Moleque inconsequente”, escreveu.

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Leia na íntegra o texto publicado por Anna Carolina Noronha:

“Dr. Diogo Castor, convido vc, douto membro do Parquet (no seu caso, parquinho) a nascer de novo… senhor empoderado procurador, deixa as fraldas, aprende a ler, a respeitar a trajetória de vida dos outros, para depois criticar e desconstituir o notável saber jurídico dos outros! Podre e pobre de espírito, só poderia pertencer ao monstro que a CF/88 criou. Ah! Pior… ser membro da força-tarefa, desse tribunal ‘ad hoc’ instituído, misturado, híbrido, sem limites e sem qualquer amparo constitucional. Pra piorar, com salários monstruosos e puxadinhos nas folhas salariais para ocupar tais cargos, criados especificamente para perseguir pessoas e torturar outras, em busca das almejadas delações premiadas, exatamente, ‘PREMIADAS’. Antes de xingar Minas Gerais, seu pirralho, o sul de Minas e a faculdade de Direito de pouso Alegre, volta pra casa, pra ver se sua mãe te ensina valores morais, éticos, e sobretudo, EDUCAÇÃO! Moleque inconsequente! Para o seu conhecimento, meu pai foi aprovado em primeiro lugar no concurso que prestou para juiz de Direito do Estado de Minas Gerais. Ao contrário de você, possui equilíbrio e coragem para decidir conforme a sua convicção, sem precisar ameaçar ninguém! Porque tem valor moral, ético, além de muito conteúdo e bagagem jurídica, o que falta para você! Antes de massacrarem os juízes, convido a todos a passarem um pente fino nos salários recebidos pelos membros do MPF! Muito dinheiro público para ficarem brincando de #powerpoint!”

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