O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, que conduz o inquérito que apura produção de notícias falsas e ameaças à Corte, determinou que oito deputados sejam ouvidos pela Polícia Federal nos próximos dias.
A Polícia Federal cumpre, desde o início da manhã desta quarta-feira (27/05), 29 mandados de busca e apreensão em cinco estados e no Distrito Federal.
Moraes determinou que os deputados federais Bia Kicis (PSL-DF), Carla Zambelli (PSL-SP), Daniel Lúcio (PSL-RJ), Filipe Barros (PSL-PR), Junio Amaral (PSL-MG), Luiz Phillipe de Orleans e Bragança (PSL-SP) prestem esclarecimentos.
Em São Paulo, o ministro pediu que sejam ouvidos os deputados estaduais Douglas Garcia (PSL-SP) e Gildevânio Ilso (PSL-SP), que é líder da bancada do partido na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp).
As investigações fazem parte do inquérito que apura a disseminação de fake news e ofensas contra os ministros do STF. Até agora, o inquérito já atingiu ao menos 12 pessoas, entre parlamentares e aliados de Bolsonaro.
O inquérito foi aberto no próprio STF, no dia 14 de março do ano passado, em portaria assinada pelo presidente da Corte, ministro Dias Toffoli.
Também dentro do inquérito das fake news, Moraes cobrou explicações do ministro da Educação, Abraham Weintraub. Durante reunião ministerial com Bolsonaro, realizada no dia 22 de abril e divulgada na semana passada, Weintraub disse que, por ele, “botava esses vagabundos todos na cadeia, começando no STF”.