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Metrópoles vence cinco medalhas em prêmio internacional de design

É o sexto ano consecutivo que o portal de notícias é reconhecido pelo concurso, o mais importante do mundo na área de Jornalismo Gráfico

atualizado

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Foto: Aline Massuca/Metrópoles
Marcas de tiros em parede perto de portão no Jacarezinho
1 de 1 Marcas de tiros em parede perto de portão no Jacarezinho - Foto: Foto: Aline Massuca/Metrópoles

O Metrópoles venceu cinco medalhas no prêmio The Best of Digital Design, organizado pela Society of News Design. É o sexto ano consecutivo que o portal de notícias é reconhecido pelo concurso, o mais importante do mundo na área de Jornalismo Gráfico.

Veículos internacionais de peso também foram reconhecidos pela instituição, como The New York Times, The Washington Post, National Geographic e ESPN. Além do Metrópoles, os meios de comunicação brasileiros que receberam medalhas foram Globoesporte.com (seis), O Globo (três), Uol (um) e G1 (um).

A reportagem Um quarto no Jacarezinho recebeu o prêmio de excelência em duas categorias: Design: Regional/Local e Format: Use of Animation. Os trabalhos O Brasil que passa fome, A rota do tráfico humano na fronteira da Amazônia e Maceió está afundando venceram nas categorias Design: Health; Design: Internacional; e Design: Regional/Local, respectivamente.

Neste ano, 21 jurados, de diversas nacionalidades, analisaram 1.984 inscrições durante reunião on-line.

Na matéria especial Um quarto no Jacarezinho, de Leilane Menezes com produção de Suelen da Silva Bastos, mostramos como a operação na comunidade do Rio Janeiro afetou a vida de crianças e adolescentes da região.

Para esses meninos e meninas, 6 de maio será lembrado como o dia em que a barbárie encontrou a infância. Kaíque, 7 anos, ainda perde o sono quando pensa no barulho dos tiros, e Natasha, de 9, lamenta que policiais tenham agredido até o cachorro da família. Gabriel, 12, diz que já se acostumou com o som das armas, enquanto Bruno, que tem 8 anos, enfrenta problemas de ansiedade.

Eles abriram a porta de seus quartos para receber o Metrópoles, dois meses após a manhã de quinta-feira em que acordaram com o barulho de helicópteros e fuzis. São relatos sobre sonhos e a respeito do que não os deixa dormir.

Gui Prímola e Yanka Romão criaram um design com scroll lateral. A equipe de arte ilustrou e animou em cima das imagens tiradas por Aline Massuca e Bruno Itan. Allan Rabelo, Daniel Mendes, Mateus Moura e Saulo Marques desenvolveram os códigos. Lilian Tahan, Priscilla Borges, Otto Valle, Olívia Meireles e Daniel Ferreira editaram o especial, com revisão final de Juliana El Afioni.

A matéria A rota do tráfico humano na fronteira da Amazônia, escrita por Mirelle Pinheiro, mostra como acontecem o aliciamento e a travessia de traficantes e vítimas dentro e fora do país. Para tanto, o Metrópoles foi à Bolívia, ao Peru e à Venezuela.

A reportagem acessou o solo estrangeiro pela porta da frente, mas também percorreu rios, vias clandestinas e trilhas abertas em meio à mata, principais acessos do crime organizado na América do Sul. A equipe de imagem, composta por Igo Estrela e Rafaela Felicciano, acompanhou a repórter e captou cenas emocionantes dos personagens entrevistados.

Gui Prímola e Marcos Garcia criaram um design inovador com diversos recursos multimídia para receber o material editado por Lilian Tahan, Priscilla Borges, Otto Valle, Olívia Meireles, Daniel Ferreira e Michael Melo. Juliana El Afioni revisou o texto e, por fim, Allan Rabelo, Saulo Marques e Daniel Mendes desenvolveram os códigos para colocar o trabalho no ar.

A reportagem Maceió está afundando, de Raphael Veleda com imagens de Igo Estrela, conta a história do afundamento de Maceió (AL). O movimento do solo condenou bairros inteiros e segue provocando a remoção emergencial de milhares de famílias, num êxodo urbano que está abalando todo o mercado imobiliário local – e a vida da cidade.

Metrópoles passou uma semana em Maceió conversando com as comunidades atingidas, somando as consequências da tragédia e ouvindo especialistas para entender como isso tudo poderia ter sido evitado.

A reportagem multimídia conta com infográficos interativos, um documentário e imagens chocantes da tragédia. A inspiração do visual do material veio do álbum Unknown Pleasures, da banda Joy Division. A equipe de arte do Metrópoles, composta por Gui Prímola, Marcos Garcia e Tauã Medeiros, inverteu a capa do CD para dar a sensação de afundamento.

Para a trilha sonora do documentário, Gabriel Foster misturou o rock do grupo inglês com o coco de roda. A música tradicional alagoana foi a trilha sonora dos bairros atingidos.

Allan Rabelo, Daniel Mendes e Saulo Marques desenvolveram os códigos para colocar o especial no ar. Lilian Tahan, Priscilla Borges, Otto Valle, Olívia Meireles, Lourenço Flores, Daniel Ferreira e Michael Melo editaram o material. Juliana El Afioni fez a revisão gramatical do texto.

A reportagem O Brasil Que Passa Fome, de Saulo Araújo, mostra que em tempos de pandemia, desemprego em alta e perda de poder de compra, uma expressiva parcela da população passou a comprar carne vermelha sem procedência – livre de impostos e fiscalização – e recheada de riscos.

Estima-se que 15% dos quase 30 milhões de abates de gado no Brasil em 2020 tenham ocorrido em estabelecimentos clandestinos. Para especialistas ouvidos pelo Metrópoles, a alta de 48% no preço da carne vermelha empurrou famílias mais carentes ao consumo de produtos não submetidos a inspeções sanitárias e, portanto, muito mais baratos.

O material foi editado por Lilian Tahan, Priscilla Borges, Otto Valle, Olívia Meireles, Daniel Ferreira e Michael Melo; e revisado por Viviane Novais. Gui Prímola, Marcos Garcia e Yanka Romão criaram o design e as ilustrações que imitam os cartazes dos açougues brasileiros. Gabriel Foster e Tauã Medeiros editaram os vídeos.  Aline Massuca, Ednilson Aguiar, Gustavo Moreno, Rafaela Felicciano, Hugo Barreto e Vinicius Schmidt tiraram as impressionantes imagens que compõem o especial. Por fim, Allan Rabelo, Italo Ridney e Saulo Marques desenvolveram os códigos para juntar todo o material.

Histórico

Desde a sua inauguração, em 2015, o trabalho do Metrópoles é reconhecido pela Society of News Design. O portal ganhou duas medalhas de bronze na primeira edição que participou. Venceu na categoria Notícias Diárias: Cobertura Programada com a matéria Um Impeachment em Quadrinhos, sobre a derrocada da então presidente da República, Dilma Rousseff (PT). No quesito Projeto, o especial Avisa quando chegar: o assédio que paralisa as mulheres faturou o prêmio.

No ano seguinte, na categoria Single-subject Project, que avalia reportagens especiais, o portal recebeu quatro prêmios de excelência: Ossos do ofício: a rotina cruel dos trabalhadores de frigoríficosTransbrasil – Um embarque para o crime nas rodovias brasileirasChegamos à quarta idade. E agora, estamos preparados?; e As faces das chacinas no cárcere. Já na categoria Experimental Design, a Retrospectiva 2017 faturou a honraria.

Em 2019, o Metrópoles ganhou duas medalhas de bronze. A primeira com o trabalho A tragédia de Mariana (MG) vista pela janela do trem, na categoria Story Page Design – News Features or Planned Coverage (Local Issues), e a segunda com a reportagem De Dilma e Temer a Bolsonaro: confira a sucessão presidencial em mangá, na sessão Special Events – Elections.

A reportagem 59 anos de muito som levou a medalha de bronze na categoria Format – Use of Audio in Digital Storytelling/Infographics/Social Media em 2020. Na mesma edição, o especial Reescravo: a história se repete no Brasil que ainda espera abolição ganhou o prêmio de excelência na seção Product Design – Best Landing Page e A voz do presidente foi a matéria reconhecida entre os trabalhos de Information Graphics – National.

Ano passado, o trabalho Elas por Elas: os números por trás dos feminicídios em 2019 no DF recebeu o prêmio de excelência em três categorias: Inforgraphics: Gender, Identity & Social Issues; Story Page Design: Gender/Identity & Social Issues; e Product: Best Home page or Landing Page.

 

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