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Igreja Universal diz que movimento Black Lives Matter é “oportunista”

Em artigo publicado pela instituição, sem revelar o nome do autor, religiosos dizem que os protestos incitam o “ódio do bem”

atualizado

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A Igreja Universal publicou um artigo nesta terça-feira (21/7), na Folha Universal, acusando os movimentos Black Lives Matter (Vidas Negras Importam) e Antifa (antifascistas) de “oportunismo” por serem autores de “muitos protestos violentos seguidos de saques” e por incitarem a violência e o ódio.

Na visão do autor do artigo “Ódio do bem?”, que não foi identificado, a esquerda omite os acontecimentos na forma que melhor convenha à sua ideologia. “O curioso dessa história toda é que, ao mesmo tempo que a esquerda tenta promover que ‘somos todos iguais’, não age assim na prática, tendo em vista a morte que ocorreu dias depois do capitão de polícia aposentado David Dorn, de 77 anos, assassinado a tiros por manifestantes que participavam da noite de protestos por causa da morte de George Floyd“, acusou, o artigo.

“A verdade é que a vida do segurança não importava tanto assim para aqueles grupos radicais (nos perdoem os politicamente corretos). Está claro que, assim como eles, muitas outras organizações intituladas de esquerda se escondem por trás de determinadas bandeiras que pedem igualdade para fortalecer e estimular ainda mais a segregação, o ódio e as polarizações entre negros e brancos, esquerda e direita, etc”, continuou.

Como argumento principal à teoria, os religiosos dizem que as acusações contra a veracidade da doença de Jair Bolsonaro (sem partido), diagnosticado com o novo coronavírus, e os desejos de “pioras” ao presidente mostram o “ódio do bem”, que seria um discurso “do bem e do amor”, desde que compatível com as ideias esquerdistas.

“Vários usuários que se intitulam de “esquerda”, os promotores da tolerância desejaram não apenas a morte do presidente como também chegaram a afirmar que ele estaria mentindo para promover o uso da cloroquina”, opinou.

Ao fim do artigo, o autor compara atitudes da esquerda política com extremismos da direita, como o AI-5, protocolado na ditadura militar e responsável pela censura, torturas e mortes na época. Em tom de ironia, o artigo diz que, enquanto a “turma humanista” age da mesma forma que “o outro lado”, a medida conservadora é vista como “antidemocrática” e os responsáveis devem ser “presos e calados”.

“Essas ações só comprovam, cada vez mais, que a turma humanista não difere da turma de comportamento mais extremo do outro lado (AI-5, Forças Armadas, autoridades de diversas instituições xingadas). O fato é que para os que têm bom senso os extremos são condenáveis, não importando o lado. No entanto os primeiros são pró-democracia e os últimos antidemocráticos, dignos de serem presos e calados. Dois pesos e duas medidas”, finalizou.

 

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