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Idosos acima de 80 anos foram maiores vítimas de gripe e Covid em 2022

A maioria das doenças responsáveis por vitimar essa faixa etária foi relacionada ao pulmão, como a Síndrome Respiratória Aguda Grave

atualizado

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Matthew Bennett/Unsplash/Divulgação
idosos sentados em banco - Matthew Bennett
1 de 1 idosos sentados em banco - Matthew Bennett - Foto: Matthew Bennett/Unsplash/Divulgação

Os idosos acima de 80 anos foram as maiores vítimas da gripe e da Covid em 2022, os dados foram obtidos com exclusividade pela coluna do Carlos Madeira, do Uol, por meio do portal da transparência do Sistema de Registro Civil. Esse público, em grande maioria, foi vítima de doenças respiratórias.

As mortes por causas naturais desta faixa etária, desde o início do ano, totalizaram 84,2 mil – número 13,9% superior ao de 2021. Na contagem, as mortes por causa natural excluem os óbitos por causas externas, que são assassinatos, suicídios e acidentes.

Mortes de idosos a partir de 80 anos, nos primeiros semestres dos respectivos anos:

  • 2020 – 61, 6 mil
  • 2021 – 73, 9 mil
  • 2022 – 84, 2 mil

De Covid, foram 13,4 mil mortes entre janeiro e fevereiro, 21% abaixo das 16,9 mil do mesmo período de 2021. Já sobre a gripe, não foram fornecidas informações. A pneumonia matou 62% dos idosos a partir dos 80 anos, no primeiro bimestre de 2022 No caso da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) foi responsável pela morte de 56% desse público.

Segundo os especialistas ouvidos pelo Uol, os números revelam uma subnotificação do agente causador dos óbitos. As mortes registradas por Síndrome Respiratória Aguda Grave, septicemia, pneumonia e insuficiência respiratória classificdas como causas secundárias de mortes e ocorrem em decorrência de uma patologia primária, como a Covid ou a Influenza.

Com isso, sem informação de uma possível patologia primária, os médicos atribuem a morte do indíviduo à causa secundária.

“O excesso de pneumonia em 2022 poderia ser atribuído à covid ou à H3N2, por exemplo”, explica o epidemiologista Antônio Lima Neto, professor da Universidade de Fortaleza.

Questionado pela reportagem do Uol, o Ministério da Saúde disse não ter os dados de óbitos por Influenza deste ano, mas afirmou que as mortes causadas por Síndrome Respiratória Aguda Grave, uma causa secundária, foram 330 óbitos de idosos com 80 anos ou mais.

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