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Em busca de apoio político, Haddad critica Bolsonaro e elogia Poderes

Ministro Fernando Haddad, da Fazenda, disse que governo Lula está “tentando colocar a mínima ordem” no orçamento federal

atualizado

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Ministro Fernando Haddad é entrevistado no estúdio Metrópoles
1 de 1 Ministro Fernando Haddad é entrevistado no estúdio Metrópoles - Foto: Breno Esaki/Metrópoles

Em semana importante para a agenda econômica, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou, nesta terça-feira (21/11), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo aumento de despesas em 2022. E elogiou a atuação dos Poderes Legislativo e Judiciário no primeiro ano do governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

“Em 2022 foi um descontrole. Todo mundo lembra o que Bolsonaro fez com os governadores, tomou dinheiro dos governadores, depois deu calote em precatório, depois adiou pagamento de dívidas… Enfim, foi uma bagunça no orçamento federal”, disse Haddad em participação na live semanal Conversa com o Presidente.

Em seguida, ele disse, ao lado do chefe do Executivo, que o governo está “tentando colocar a mínima ordem” no orçamento federal, após a concessão de uma série de auxílios em ano eleitoral.

“Nós não podemos subestimar as tarefas que nós temos pela frente. É tudo muito desafiador, porque o problema herdado é grande. Mas nós estamos, com o apoio do Congresso, é bom que se diga”, elogiou.

E reafirmou que o Congresso “tem apoiado as medidas econômicas”. “Não é fácil digerir o que nós estamos fazendo. Tem que entender: o rico, que não pagava imposto, tem que passar a pagar. Tudo isso é trabalho pedagógico. Mas eu acredito que, com apoio do Judiciário, Câmara e Senado, o presidente (Lula) tem conseguido passar mensagem de liderança e de confiabilidade”, completou.

Esta não é a primeira vez que Haddad faz críticas à gestão anterior. Em agosto, por exemplo, o titular da pasta econômica afirmou que o que Bolsonaro fez foi uma “compra de votos descarada”.

Haddad fala do Desenrola

Na live realizada nesta terça, no Palácio da Alvorada, Lula e Haddad trataram do programa de renegociação de dívidas do governo federal, o Desenrola Brasil.

Haddad destacou que o programa é inédito, com desconto médio nas dívidas de 83%. O programa que ajuda brasileiros a quitarem suas dívidas já abarcou 7 milhões de pessoas.

“A grande vantagem desse programa é que quando você aceita pagar aquela dívida com desconto que os credores deram, a sua dívida está quitada e teu nome está limpo cinco dias depois”, frisou o ministro.

Reforma tributária

O ministro ainda tratou brevemente da proposta de emenda à Constituição (PEC) da Reforma Tributária, que já foi aprovada na Câmara e no Senado e agora retornou para análise dos deputados federais.

Reforma tributária se aproxima de etapa final com análise na Câmara

“Não tem a menor dúvida que vai ser promulgada este ano a reforma tributária, depois de 40 anos. Muitos governos tentaram e não conseguiram”, garantiu Haddad.

O principal ponto da reforma tributária é a unificação de cinco tributos que incidem sobre produtos (PIS, Cofins e IPIs federais, ICMS estadual e ISS municipal) para um só, chamado Imposto sobre Valor Agregado (IVA), subdividido em federal e estadual/municipal. Também há um imposto seletivo para produtos potencialmente nocivos à saúde e ao meio ambiente.

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