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Família de Lula autoriza doação de órgãos de dona Marisa

Nesta quinta-feira (2/2), um novo boletim médico confirmou que não há fluxo sanguíneo para o cérebro da ex-primeira dama

atualizado

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Estadão Conteúdo
marisa letícia
1 de 1 marisa letícia - Foto: Estadão Conteúdo

O perfil oficial do ex-presidente Lula publicou uma mensagem nesta quinta-feira (2/2) informando que a família autorizou os procedimentos preparativos para a doação dos órgãos de sua esposa, Marisa Letícia. Nesta manhã, um novo boletim médico confirmou que não há fluxo sanguíneo para o cérebro da ex-primeira dama.

Marisa Letícia apresentou uma grave piora no estado de saúde no início da noite desta quarta-feira (1º/2). Segundo o cardiologista Roberto Kalil Filho, dona Marisa não tem mais fluxo sanguíneo cerebral, está sedada, em coma e respira com ajuda de aparelhos.

Já na madrugada desta quinta, o médico afirmou que o quadro é “irreversível”. Dona Marisa, como é chamada, foi levada ao hospital no dia 24 de janeiro, quando sofreu um AVC em São Bernardo do Campo (SP). Após ser hospitalizada na cidade, foi transferida para a unidade da capital paulista.

No último boletim médico, divulgado às 10h25 desta quinta, a equipe do Hospital Sírio-Libanês afirma que dona Marisa permanece internada na UTI. E, diante do resultado que identificou a ausência de fluxo cerebral, foram iniciados os procedimentos para a doação de órgãos.

Reprodução

A equipe frisa que ainda não é possível afirmar oficialmente que houve morte cerebral. Antes disso, há necessidade de realizar um protocolo de exames. Porém, o grupo do médico Roberto Kalil Filho não deve realizá-lo por considerar dispensável neste caso.

O protocolo exige o parecer de dois neurologistas e exames complementares. O momento ideal para procedimento de retirada de órgãos é esse, antes da falência múltipla de órgãos e sistemas. Dona Marisa pode doar córneas e pâncreas, por exemplo. Outros órgãos, como rins e coração, precisam ser avaliados para que sejam doados.

História

Marisa Letícia nasceu em São Bernardo do Campo (SP) em uma família de imigrantes italianos e é um dos 10 filhos do casal Antônio João Casa e Regina Rocco.

A paulista casou-se pela primeira vez em 1970, com o taxista Marcos Cláudio, com quem teve o primeiro filho, Marcos. Pouco tempo depois, o marido foi assassinado a tiros. Em 1973, ela conheceu Lula. Ele fazia parte do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo. Sete meses depois, eles se casaram. Com Lula, Marisa teve três filhos: Fábio, Sandro e Luís Cláudio.

 

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Marisa começou a participar de atividades políticas ainda na década de 1980. Um dos primeiros eventos foi a Passeata das Mulheres, que lutava pela liberdade de sindicalistas.

Quando o Partido dos Trabalhadores (PT) foi fundado, em 10 de fevereiro de 1980, Marisa foi a responsável por costurar a primeira bandeira da legenda, além de ajudar a criar núcleos partidários.

Dona Marisa sempre acompanhou o marido nas disputas eleitorais, dividindo-se entre os comícios e o cuidado com a família. Quando Lula foi eleito presidente da República, ela optou por não participar ativamente de projetos sociais, papel geralmente atribuído à primeira-dama.

Em 2003, Marisa foi condecorada com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Real, concedida pelo rei Haroldo V e a rainha Sônia da Noruega, durante a visita ao Brasil. Também foi condecorada por Portugal com a Ordem da Liberdade, naquele mesmo ano, e com a Ordem Militar de Cristo, em 2008.

Lava Jato
Marisa Letícia, assim como o marido, foi denunciada formalmente, em setembro do ano passado, na Operação Lava Jato, no caso do triplex do Guarajá (SP). Ela e Lula foram acusados de corrupção e lavagem de dinheiro ao receber propina da empreiteira OAS, fruto de desvios da Petrobras.

Em março de 2016, em uma conversa gravada pela Polícia Federal e vazada logo depois, a ex-primeira-dama chamou de “coxinhas” e xingou adeptos dos panelaços contra o governo da então presidente Dilma Rousseff.

Ao falar com o filho Fábio Luís Lula da Silva na noite de 23 de fevereiro, disse querer que as pessoas “enfiassem as panelas no c…”. Naquele dia, houve protestos contra um programa do PT veiculado na televisão.

 

 

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