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Especialistas apontam grade e sirene como erros graves no Flamengo

Medidas simples teriam evitado incêndio que causou a morte de dez garotos

atualizado

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REGINALDO PIMENTA/RAW IMAGE/ESTADÃO CONTEÚDO
Bombeiros dizem que vítimas de incêndio no Flamengo ainda não foram identificadas
1 de 1 Bombeiros dizem que vítimas de incêndio no Flamengo ainda não foram identificadas - Foto: REGINALDO PIMENTA/RAW IMAGE/ESTADÃO CONTEÚDO

Uma tragédia provocada por uma sucessão de erros e uma oportunidade para repensar estratégias. Especialistas em prevenção a incêndios ouvidos pela reportagem afirmam que a tragédia no alojamento do Flamengo serve como reflexão, principalmente para se determinar novos parâmetros de segurança.

Para o professor da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (USP) e especialista em incêndios Valdir Pignatta e Silva, a tragédia da última sexta (8/2) no Ninho do Urubu pode ter um impacto similar ao dos incêndios nos edifícios Andraus e Joelma, em São Paulo, na década de 1970. Depois desses episódios, as regulamentações e vistorias se tornaram mais rígidas.

“Com áreas pequenas, como era o caso do Flamengo, os bombeiros não costumam fazer exigências, porque se supõe que as pessoas vão deixar o local facilmente. Mas vamos ter de repensar isso. Temos sempre que aprender com os grandes incêndios. Fogo em um alojamento montado em um contêiner é inédito”, explicou.

O professor explicou que um possível problema foi o clube ter colocado grades nas janelas do contêiner. A medida buscava evitar furtos, mas dificultou a tentativa dos garotos de fugirem das chamas.

Na opinião do consultor em gerenciamento de riscos Marcelo Augusto Souza, o maior problema não foi a escolha pelo contêiner, mas sim a falta de medidas simples. “Se tivesse sensores de temperatura com uma sirene, existiria tempo para fugir. Mas a fumaça tomou conta do espaço antes mesmo de qualquer reação”, explicou o especialista, que trabalha há 20 anos na área.

Segundo o consultor, a fiscalização do poder público sobre incêndios costuma ser falha. “Nunca vai se estar 100% seguro contra o fogo. No máximo se pode diminuir a probabilidade de que algo grave aconteça”, afirmou.

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