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Em avaliação psiquiátrica, Flordelis relata alucinações e pesadelos

Exame foi anexado ao processo criminal da pastora. Laudo indica que não há “atitude ou sinais sugestivos de atividade alucinatória genuína”

atualizado

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Agência Brasil
Flordelis, ex-deputada federal acusada de matar o marido – Metrópoles
1 de 1 Flordelis, ex-deputada federal acusada de matar o marido – Metrópoles - Foto: Agência Brasil

Rio de Janeiro – Presa acusada da morte do marido, o pastor Anderson do Carmo, em 2019, a ex-deputada federal Flordelis dos Santos de Souza disse ter alucinações e pesadelos durante avaliação psicológica e psiquiátrica, realizada em abril deste ano, no Hospital Penal Psiquiátrico Roberto Medeiros, no Complexo de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio.

A avaliação foi um pedido da defesa da ex-parlamentar. De acordo com o jornal Extra, que teve acesso aos documentos que foram anexados ao processo criminal, os laudos concluíram que não havia motivos para a pastora ficar internada na unidade.

Ao psiquiatra, Flordelis relatou “escuta alucinatória eventual de longa data” e disse escutar gritos e a própria voz misturados. Além disso, a ex-deputada federal também alegou ter problemas com “reflexos de imagens”, “flashbacks” e pesadelos.

Já ao psicólogo, ela reiterou os fatos e afirmou não fazer uso de álcool ou outras drogas. Os dois profissionais entenderam que não há “atitude ou sinais sugestivos de atividade alucinatória genuína”.

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Durante a avaliação, Flordelis, que será julgada no dia 12 de dezembro, disse não se recordar de fatos recentes, tendo memória apenas de episódios ocorridos há 29 anos, quando começou a acolher as crianças.

Ela também relatou já ter feito atendimento psiquiátrico na infância após a morte de seu pai e afirmou ter episódios de “surtos e desmaios”. Além disso, a pastora também apontou para uma ocorrência de isquemia cerebral e convulsões que teve desde então. De acordo com ela, as crises pioraram na cadeia.

“O quadro atual, no que cabe informar a partir deste exame, é de estabilidade emocional. As referências a crises convulsivas carecem de avaliação neurológica, podendo corresponder a episódios dissociativos. Os fenômenos alucinatórios descritos, no meu entender não requerem no momento abordagem medicamentosa diversa da que já faz uso. Entretanto, cabe que seja reavaliada ambulatorialmente, conquanto não haja indicação para que permaneça em regime de internação psiquiátrica, de modo que retornará a sua unidade de origem”, atestou o laudo. 

Questionada sobre o pastor Anderson, Flordelis, na avaliação do psicólogo, dissimulou situações que apontassem um conflito no relacionamento dos dois e comentou situações que sugeriam um comportamento agressivo por parte do marido. De acordo com o profissional, ela demonstrou sinais de ansiedade em relação ao assunto.

Flordelis também disse que, após o crime, soube de práticas abusivas do pastor com seus filhos. Segundo o psicólogo, ela “manifesta sinais de vergonha e constrangimento ao fazer tais relatos”.

A conclusão do psicólogo é de que “não há presença de sinais ou sintomas sugestivos de transtorno psiquiátrico que justifique medida de internação ou acompanhamento ambulatorial em regime intensivo”.

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