O Boletim Focus desta segunda-feira (3/10) cortou, pela 15ª vez, a estimativa para a inflação em 2022: de 5,88% para 5,74%. A projeção consta no relatório elaborado pelo Banco Central (BC), que ouve semanalmente agentes financeiros e colhe impressões sobre os principais indicadores econômicos.
Considerando apenas o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA), a prévia da inflação e a publicação mais recente, houve desaceleração de 0,37% em setembro, mantendo o ritmo de queda.
Com o último resultado, o IPCA-15 acumula alta de 4,63% e, em 12 meses, de 7,96%.Ou seja, abaixo dos 9,60% registrados nos 12 meses anteriores.
Para 2022, a meta estabelecida pelo governo para o IPCA está em 3,5%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual. Ou seja, para cumprir a meta deste ano, a inflação deveria ficar entre 2% e 5%. O próprio BC admitiu, no entanto, que este deve ser o segundo ano seguido em que a inflação vai estourar o teto da meta.
A previsão da inflação oficial do país em 2023 se manteve em 5% e para 2024 ficou em 3,50%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos.
A inflação gera impacto no poder de compra da população, em especial das que recebem salários mais baixos. Quanto maior a inflação, menor o poder de compra.
PIB, dólar e Selic
A projeção para o Produto Interno Bruto (PIB), que é a soma das riquezas produzidas pelo país, de 2022 aumentou de 2,67%, na semana passada, para 2,70%, nesta semana. Para 2023, a previsão foi de 0,50% para 0,53%.
O Focus diminuiu as expectativas de crescimento da economia para ano de 2024 (1,75% para 1,70%). Em 2025, houve manutenção em 2%.
O mercado espera que a moeda norte-americana fique cotada a R$ 5,20 tanto neste ano quanto no próximo, as mesmas projeções há semanas. A moeda deverá oscilar entre 2024 e 2025, cotada entre R$ 5,10 e 5,15, respectivamente.
Sobre a taxa básica de juros, a previsão é que a Selic se mantenha em 13,75%, atual taxa estipulada pelo Comitê de Política Monetária (Copom). Os juros deverão ser afrouxados em 2024, em 11,25% e mantendo ritmo de queda em 2024 (8,00%) e 2025 (7,75%).